Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente, comentou neste sábado (30) sobre a aliança dele com seu ex-rival Geraldo Alckmin (PSB). De acordo com o petista durante um encontro com mulheres na Brasilândia, zona norte da capital paulista, a união com o ex-governador de São Paulo está atribuída à “política” e à “maturidade”.
“De vez em quando, Alckmin, alguém fala: ‘Ah, mas o Lula e o Alckmin já divergiram. Por que eles agora estão juntos?’ Porque isso se chama política. Isso chama-se maturidade”, começou Lula ao comentar sobre sua união com o ex-governador, que era do PSDB, mas se filiou ao PSB no final de março.
“Isso se chama se compromisso com este país e compromisso com o povo brasileiro”, disse Lula, que ouviu de Ackmin que os dois foram rivais ao disputarem o segundo turno em 2006, mas sempre “dentro da regra democrática”.
“Hoje estamos unidos por um dever. A política é aliada ao interesse público, ao interesse das pessoas, que é mudar o Brasil, recuperar este país”, declarou Alckmin durante o evento na capital paulista.
Planos de Lula
Durante o encontro na Brasilândia, Lula ainda comentou sobre algumas ações que pretende adotar caso seja eleito novamente como presidente da República. Dente eles estão:
- Combater a fome;
- Abrir crédito para pequenos empresários;
- E acabar com o chamado “orçamento secreto”.
Além de falar sobre as ações, Lula cutucou o presidente Jair Bolsonaro (PL), dizendo que, hoje, o Brasil tem um líder “que não tem sentimento”, que “não respeita as instituições”.
“Ele não respeita a Câmara, não respeita o Senado, não respeita a Suprema Corte, não respeita sindicato, não respeita quilombolas, não respeita mulher, não respeita LGBT, não respeita ninguém”, disse Lula.
Assim como o ex-presidente, Alckmin também alfinetou Bolsonaro, dizendo que é “inaceitável que tenhamos um governo que despreza a vida humana, que enquanto o povo sofre está fazendo motociata, andando de moto, gastando e torrando dinheiro público, andando de jet-ski, com o povo desempregado, sofrendo, com saudade da tortura e da violência”. “Não, não se constrói um país assim”, afirmou ele, completando que o próximo governo terá quatro anos para fazer o que “seria necessário fazer em 40″.
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