Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, voltou a ser questionado por jornalistas, que querem sua opinião a respeito da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, decretando, desta forma, a sua inelegibilidade pelos próximos oito anos.
Em entrevista coletiva, Lula, mais uma vez, evitou comentar o tema, dizendo que o caso é um problema da Justiça e que não diz respeito ao governo e nem afeta a tranquilidade do Palácio do Planalto. Assim como publicou o Brasil123, a decisão do TSE deixará o ex-presidente inelegível até 2030.
Lula foi questionado sobre o assunto após sair de uma visita que fez para a seleção feminina de futebol, que se prepara para disputar a Copa do Mundo que acontece na Nova Zelândia ainda neste mês. “Isso é um problema da Justiça. Não é um problema meu, sabe? Ele sabe o que ele fez. Se ele acertou, ele será recompensado. Se ele errou, ele será julgado e será punido de acordo com o erro que ele cometeu”, afirmou Lula. “Isso é um problema da Justiça que não mexe com a tranquilidade do governo”, completou.
A defesa de Bolsonaro estuda como reverter a situação e fazer com que o ex-presidente não perca seus direitos políticos e fique impedido de voltar ao comando do Palácio do Planalto já em 2026. Para isso, existem recursos a serem impetrados tanto no TSE quanto no Supremo Tribunal Federal (STF). No TSE, os advogados podem usar o recurso de embargos de declaração, apontando, desta forma, obscuridades e contradições na ação.
Já no STF, os defensores podem entrar com um recurso extraordinário – aqui, eles deverão apontar que a eventual decisão do TSE pela inelegibilidade feriu princípios constitucionais. Importante lembrar que Bolsonaro não será preso por conta da condenação, visto que a ação no TSE não é do âmbito penal.
Com Bolsonaro fora do rol de candidatos, o campo político de oposição precisará definir quem vai enfrentar o candidato do governo em 2026, que poderá ser o próprio Lula. Hoje, o nome mais cotado é o do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos). Nomes como de Romeu Zema (Partido Novo), governador de Minas Gerais, e Michelle Bolsonaro (PL), esposa do ex-presidente, correm por fora na disputa pelo posto – nesta semana, Bolsonaro disse que apoiaria uma eventual candidatura da ex-primeira dama.
Leia também: Antes da Copa, Lula visita seleção feminina e defende igualdade com o esporte masculino