O que o mundo todo espera: uma trégua entre Israel e Hamas. Mesmo que temporária, ao que tudo indica, isso vai mesmo acontecer por meio de um acordo.
A saber, o Hamas e um porta-voz do Ministério da Defesa de Israel confirmaram, nesta terça-feira (21), que as negociações entraram em uma etapa decisiva.
Assim, ao que parece, haverá uma pausa de 4 ou 5 dias no combate para assegurar a libertação de reféns.
Acordo entre Israel e Hamas
Segundo Telaviv, a libertação dos cerca de 240 reféns israelitas e de outras nacionalidades em poder do Hamas é “objetivo” imediato.
Assim, entre os pontos em negociação no Catar está a troca de 50 reféns israelitas, mulheres e crianças, por 150 presos palestinianos e uma trégua de quatro a cinco dias nos combates.
Cabe citar que o governo da Faixa de Gaza, liderado pelo Hamas desde 2007, anunciou que 14.128 palestinianos foram mortos e 33.000 feridos nos bombardeamentos israelitas desde o início da guerra, a 7 de outubro.
Os bombardeamentos israelitas vitimaram até agora pelo menos 38 jornalistas de várias nacionalidades. Ainda mais, entre os mortos contam-se 5.840 crianças e 3.920 mulheres, de acordo com o Hamas.
Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, há dezenas de cadáveres nas ruas do norte da Faixa de Gaza, além dos que estão soterrados nos escombros, e que é impossível contabilizá-los por causa da intensidade dos bombardeamentos israelitas.
Em complemento, a estes números se somam, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 1,7 milhões de deslocados – mais de dois terços da população total daquele território palestiniano que enfrenta uma grave crise humanitária, devido à escassez de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.
Do lado israelita, o ataque do Hamas fez, a 07 de outubro, 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.
De acordo com o Exército de Israel, 68 soldados morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra, que vai agora no seu 46.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente.
Participação dos Estados Unidos
O primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sinalizou que a intervenção do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ajudou na composição do acordo provisório.
“Estamos em guerra e continuaremos a guerra até atingirmos todos os nossos objetivos. Destruir o Hamas, devolver todos os nossos reféns e garantir que nenhuma entidade em Gaza possa ameaçar Israel”, disse ele.
Por fim, segundo a mídia israelense, a primeira libertação de reféns é aguardada para esta quinta-feira (23).