A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou o Projeto de Lei 5149/20, do Senado, que prorroga até 2026 a isenção do IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, na compra de automóveis por pessoas com deficiência e profissionais que atuam no transporte autônomo de passageiros.
Os deputados acolheram a recomendação do relator, Marcelo Aro (PP-MG). Ele apresentou emenda para ajustar o texto aprovado à atual redação da Lei 8989/95, que trata da isenção de IPI na compra de automóveis. “Devemos levar em conta a proteção dos direitos das pessoas com deficiência”, afirmou.
Deficiência auditiva está incluída
A proposta estende a isenção às pessoas com deficiência auditiva. Pelas regras atuais, além de taxistas e outros motoristas autônomos, podem requerer o benefício as pessoas com deficiência física, visual e mental severa ou profunda e também os autistas, diretamente ou por intermédio de representante legal.
Em julho, a Lei 14183/21, prorrogou o prazo da isenção fiscal para pessoas com deficiência até 31 de dezembro deste ano.
Pela norma, o benefício somente se aplicará a veículo novo cujo preço ao consumidor, incluídos os tributos incidentes, não seja superior a R$ 140 mil.
A saber, hoje a isenção do IPI, conforme a Lei 8989/95, é válida na compra de automóveis nacionais, equipados com motor de cilindrada não superior a 2.000 centímetros cúbicos, de no mínimo quatro portas, movidos a combustível de origem renovável e com sistema reversível de combustão ou híbrido ou elétricos.
Critérios para a isenção
De autoria da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), a proposta classifica como pessoa com deficiência “aquela com impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Quando houver a regulamentação do Estatuto da Pessoa com Deficiência pelo Poder Executivo, a isenção do IPI dependerá de uma avaliação biopsicossocial.
Assim, uma equipe multidisciplinar avaliará os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; a limitação no desempenho de atividades; e a restrição de participação.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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