O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reduziu a projeção de crescimento da agropecuária em 2021. A saber, o Produto Interno Bruto do setor deve crescer 1,2%, em vez de 1,7%, como divulgado na última previsão do instituto. Aliás, a nova estimativa tem como base projeções mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em suma, a nova previsão do Ipea considera estimativas atualizadas para a produção do setor agro, além de uma revisão metodológica. Assim, para este ano, os pesquisadores projetam uma elevação de 1,2% no valor adicionado da produção vegetal, mesmo valor projetado para a produção animal.
No caso da produção vegetal, o grande destaque é a estimativa de produção recorde da soja, que deve crescer 10,1% em relação ao ano passado. Outro destaque do levantamento é a produção de arroz, que deve ficar 4,3% maior que a de 2020.
Em contrapartida, a produção de milho deve despencar 15,5%, especialmente por causa de questões climáticas. Aliás, as culturas de cana-de-açúcar e café também devem cair neste ano, em 3,7% e 21,2%, respectivamente. No caso do café, as caraterísticas cíclicas de sua cultura de grão figura como a principal razão para a queda tão expressiva na comparação com 2020.
Ao mesmo tempo, o Ipea informa que, na produção pecuária, deve haver crescimento em todos os segmentos. O maior destaque deve ficar com a produção de aves, com alta de 6,8%. Da mesma forma, as produções de suínos e ovos também devem crescer no ano, em 8,7% e 1,4%, respectivamente. Por outro lado, a participação de bovinos no valor adicionado deve cair 0,9%, enquanto o leite recuará 0,4%.
Projeção para 2022 também é revisada
De acordo com o Ipea, a estimativa para o valor adicionado do setor agropecuário em 2022 passou de 3,3% para 3,4%. Em resumo, a projeção para a produção animal subiu de 1,8% para 2,2%, enquanto a previsão sobre a produção vegetal continuou em 3,9%.
Por fim, para 2022, o ciclo climático ainda figura como um catalisador de dúvidas para os pesquisadores. O volume e a quantidade da safra da produção vegetal podem sofrer os efeitos dessas mudanças climáticas. Já em relação à produção animal, a expectativa é que haja normalização da oferta de bovinos, que segue limitada neste ano.
Leia Mais: Movimentos sociais invadem Bolsa de Valores, em São Paulo