O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou sua estimativa para a inflação no Brasil em 2023. A saber, a projeção do instituto para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foi de 4,9%.
Essa também é a taxa projetada para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação dos preços para famílias com renda até cinco salários mínimos.
A propósito, o INPC tem importância fundamental no país, porque o governo utiliza este indicador como base para definir o reajuste do salário mínimo. Em outras palavras, quanto menor a expectativa para o indicador, menor deverá ser o reajuste do piso salarial nacional.
A taxa em 2023 deverá ser puxada pelos alimentos consumidos no domicílio, cuja projeção do Ipea indica alta de 5,2% no próximo ano. Aliás, esses são alimentos de consumo diário na mesa do brasileiro.
Por sua vez, os outros produtos deverão ter uma inflação bem menos expressiva no ano que vem, de 3,3%.
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Preços dos serviços devem subir 5,4% em 2023
De acordo com o Ipea, os preços dos serviços deverão ter alta de 5,4% em 2023. A saber, este é o principal setor econômico do país, respondendo por quase 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
“Mesmo diante da expectativa de comportamento favorável dos preços do petróleo no mercado internacional e de um cenário hídrico confortável, estima-se que a deflação apresentada para os preços administrados em 2022 seja revertida ao longo de 2023”, explicou o Ipea.
“Além dos reajustes contratuais das distribuidoras de energia e das operadoras de planos de saúde, a recomposição mais acentuada das tarifas de transporte público deve exercer pressão sobre este grupo de preços no próximo ano”, acrescentou.
Por fim, há uma expectativa de crescimento tímido da atividade econômica brasileira em 2023. Assim, deverá ocorrer uma acomodação do mercado de trabalho e, consequentemente, um esfriamento da demanda.
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