A inflação no Brasil desacelerou em setembro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,29% no mês passado.
Em resumo, esse é o maior recuo para meses de setembro desde 1998, ou seja, em 24 anos. Aliás, a queda do IPCA é a terceira consecutiva e sucede os recuos registrados em julho (-0,68%) e agosto (-0,36%).
Com o acréscimo destes resultados, a taxa do IPCA acumulada em 12 meses caiu de 11,89%, em junho, para 7,17%, em setembro. A propósito, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.
Assim como ocorreu em julho e agosto, a queda do IPCA em setembro teve um motivo específico: a redução do ICMS sobre combustíveis.
A saber, o grupo transportes caiu 1,98% no mês, puxado para baixo pela gasolina, cujo preço tombou 8,33%. No entanto, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados fecharam o mês em alta.
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Frutas, verduras e legumes dominam top 10
Segundo os dados do IBGE, seis dos dez itens que mais subiram em 12 meses foram frutas, verduras ou legumes. Todo os itens do top dez tiveram avanços superior a 39%, com o líder do ranking ficando mais de duas vezes mais caro que em setembro de 2021.
Veja abaixo os dez itens cujos preços mais subiram em 12 meses:
- Cebola: 127,3%
- Melão: 73,31%
- Mamão: 53,89%
- Passagem aérea: 47,69%
- Óleo diesel: 45,19%
- Banana-d’água: 44,82%
- Maracujá: 44,04%
- Seguro voluntário de veículo: 41,35%
- Transporte por aplicativo: 39,79%
- Tangerina: 39,67%
O IBGE destacou que o preço dos combustíveis caiu novamente em setembro, com destaque mais uma vez para a gasolina, que impactou o IPCA em -0,42 ponto percentual. Além disso, o etanol também ficou mais barato no país, caindo 12,43%, assim como o diesel (-4,57%).
Por fim, ao considerar apenas o mês de setembro, o limão se destacou, com o preço saltando 34,57% em relação a agosto. Em seguida, ficaram cebola (11,22%), tangerina (11,15%) e banana-d’água (10%).
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