Os brasileiros tiveram que pagar um pouco mais caro nos supermercados em novembro. Isso porque a inflação subiu novamente no país, apesar da desaceleração registrada em relação a outubro.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,41% em novembro, após variar 0,59% no mês anterior.
Com o acréscimo deste resultado, a taxa do IPCA acumulada em 12 meses chegou a 5,90% em novembro. A propósito, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.
Em síntese, o que impulsionou a inflação no país em novembro foram os combustíveis, cujos preços subiram 3,29%, após caírem 1,27% em outubro.
Esse avanço foi impulsionado pelas altas do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%). Aliás, a gasolina exerceu o maior impacto individual no IPCA em novembro, de 0,14 ponto percentual (p.p.).
A única exceção foi o gás veicular, cujo preço caiu 1,77% no mês passado. Inclusive, vários outros itens também ficaram mais baratos em novembro, ajudando a limitar o avanço do IPCA.
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Passagem aérea e leite longa vida caem no mês
Segundo os dados do IBGE, os dois principais itens que ajudaram a derrubar o IPCA em novembro foram as passagens aéreas e o leite longa vida. A saber, ambos os itens marcaram presença no top dez das maiores quedas no mês passado.
A propósito, veja abaixo os dez itens cujos preços mais caíram em novembro:
- Abobrinha: -16,81%
- Passagem aérea: -9,8%
- Manga: -7,12%
- Batata-doce: -7,11%
- Leite longa vida: -7,10%
- Produto para unha: -6,37%
- Perfume: -4,87%
- Repolho: -4,33%
- Computador pessoal: -3,88%
- Peixe-cavala: -3,87%
Em resumo, as passagens aéreas foram o grande destaque do campo negativo em novembro. “Essa queda de novembro tem a ver com a alta muito grande de passagens aéreas em outubro. Tem aí um reflexo e as passagens também têm outros fatores envolvidos, a questão da sazonalidade”, explicou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
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