O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) voltou a subir esse mês, a alta fora de 0,16% segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
É a menor variação para o mês desde 2019 (0,09%), contudo veio acima das projeções de mercado. As avaliações indicadas por analistas consultados projetavam uma alta de 0,09% Nesse sentido, para o período de 12 meses, o índice avançou e atingiu 6,85% ao fim desse mês.
Dois meses consecutivos de quedas no índice de inflação (IPCA)
Anteriormente o índice havia caído 0,37% para o mês de setembro e 0,73% no mês de agosto. Esse mês apenas 3 dos 9 grupos presentes no índice registraram deflação, foram eles: transportes (-0,64%), comunicação (-0,42%) e artigos de residência (-0,35%).
Nesse sentido, o segmento de transportes continuou sendo afetado pela queda nos preços de combustíveis (-6,14%). Contribuindo assim com a baixa de (-0,64%) no índice (IPCA). Ainda assim, essa deflação foi bem menor do que a registrada no mês anterior, que bateu (-2,35%).
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Grupos com variações positivas no índice
Já entre os grupos que tiveram inflação, as maiores variações foram nos setores de vestuário (1,43%), além de saúde e cuidados pessoais (0,80%). Ainda no grupo de saúde e cuidados pessoais, a alta foi de (1,44%) nos planos de saúde, causada pelo impacto dos reajustes permitidos pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Alimentos e bebidas também tiveram variação positiva do IPCA, com uma alta de 0,21% no mês, após uma queda de 0,47% no mês anterior. Esse resultado foi puxado principalmente pela alimentação em domicílio que aumentou (0,14%).
Nesse sentido, para o índice (IPCA), houve aumento no preço de frutas (4,61%), da batata-inglesa (20,11%), do tomate (6,25%) e da cebola (5,86%). O leite longa vida (-9,91%), o óleo de soja (-3,71%) e as carnes (-0,56%)
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Inflação mais controlada por conta dos juros altos (Selic)
Quando olhamos para o período de 12 meses, a inflação (IPCA) ainda está alta (6,85%) acima da meta de inflação, sendo o objetivo do Banco Central (Bacen) para o índice. Com isso, a meta, sendo de 3,5% para esse ano, possui um intervalo de tolerância que vai até 5%.
Assim, em uma tentativa de colocar a inflação para dentro da meta, o Banco Central empurrou a Selic para 13,75% ao ano. Dessa forma, o Copom (Comitê de Política Monetária) volta a se reunir nesta essa semana para definir o patamar da taxa de juros –a decisão sai na quarta-feira (26).
Contudo, a maioria do mercado, espera manutenção da taxa de juros, crendo ainda que um ciclo de cortes deve começar apenas a partir do próximo ano (2023): “No entanto, ainda acreditamos que o caminho para o centro da meta pode ser acidentado, com a inflação (IPCA) de serviços (mais inercial) ainda colocando desafios em um cenário de mercado de trabalho firme” Disseram Daniel Karp e Felipe Kotinda.
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