O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,31% em abril deste ano. O valor ficou 0,62 ponto percentual (p.p.) abaixo da variação registrada no mês anterior (0,93%). A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (11).
Com o acréscimo desse resultado, o índice passou a acumular avanço de 2,37% em 2021. Já nos últimos 12 meses, o crescimento chega a 6,76%, superando os 6,10% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Além disso, na comparação anual, o resultado foi justamente o inverso, visto que a variação do índice em abril de 2020 ficou negativa em 0,31%.
Em resumo, o IPCA objetiva “medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias”, segundo o IBGE. A pesquisa abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos das regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Cinco dos nove grupos pesquisados aceleram em abril
De acordo com o IBGE, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados aceleraram em abril. Apesar disso, a forte queda registrada por transportes (3,81% para -0,08%) derrubou o IPCA no mês. Aliás, a retração do grupo foi influenciada pela gasolina (-0,44%), que teve a primeira queda após dez meses de alta. Assim, os transportes influenciaram o IPCA negativamente em 0,02 p.p. no mês.
Os seguintes grupos também desaceleraram em abril: habitação (0,81% para 0,22%), artigos de residência (0,69% para 0,57%) e despesas pessoais (0,04% para 0,01%). Destes três grupos, apenas os dois primeiros impactaram o IPCA positivamente em abril, em 0,03 p.p. e 0,02 p.p. Por sua vez, o grupo de despesas diversas não exerceu influência alguma no índice.
Em contrapartida, quatro grupos aceleraram em abril. Destes o principal avanço veio de saúde e cuidados pessoais (-0,02% para 1,19%), que exerceu o maior impacto no IPCA no mês (0,16 p.p.). Alimentação e bebida também subiu (0,13% para 0,40%), com o segundo maior impacto mensal (0,09 p.p.).
Por fim, os outros dois grupos que também subiram em abril foram comunicação (-0,07% para 0,08%) e educação (-0,52% para 0,04%). Mas nenhum dos dois trouxe grande influência para o índice no mês. Em suma, o primeiro impactou o IPCA em apenas 0,01 p.p., enquanto o segundo não exerceu influência alguma no índice.
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