A inflação no Brasil subiu em novembro, com a taxa acelerando em relação outubro. A saber, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,53% em novembro, após variação de 0,16% em outubro. O indicador é considerado a prévia da inflação oficial do Brasil.
Em resumo, o avanço do IPCA-15 em novembro foi impulsionado pela alta de oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE. Os grupos que exerceram os maiores impactos foram alimentação e bebidas e saúde e cuidados pessoais, que influenciaram a prévia da inflação em 0,12 ponto percentual (p.p.), cada.
Por falar nisso, os itens cujos preços acumularam as maiores altas nos últimos 12 meses fazem parte do grupo alimentação. Em outras palavras, milhões de brasileiros tiveram que gastar mais em 2022 para adquirir os mesmos itens que haviam comprado no ano passado.
Neste mês, cebola continuou como a “vilã” da inflação, com o preço subindo mais de 150% em 12 meses. Além disso, vale destacar o limão, cujo preço ficou duas vezes mais caro que em 2021.
Veja abaixo os dez itens que mais subiram no acumulado dos últimos 12 meses:
- Cebola: 150,84%
- Limão: 100%
- Mamão: 70,77%
- Pepino: 57,5%
- Banana-d’água: 57,16%
- Maçã: 42,26%
- Tangerina: 41,2%
- Alimento infantil: 37,84%
- Melão: 37,76%
- Banana-prata: 37,21%
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Veja os itens cujos preços mais caíram em 12 meses
Embora diversos itens tenham ficado bem mais caros que no ano passado, vários outros registraram quedas firmes no período. A saber, o etanol continuou liderando o ranking nacional de quedas, apesar de ter avançado levemente em novembro.
Ao mesmo tempo, a gasolina se destacou no período, vindo logo abaixo do etanol. Em síntese, os combustíveis exercem uma forte influência no IPCA-15. Por isso que a prévia da inflação não acumula uma alta tão expressiva, apesar de muitos itens terem ficado bem mais caros em um ano.
Confira abaixo os dez itens com as maiores quedas acumuladas em 12 meses:
- Etanol: -27,01%
- Gasolina: -24,17%
- Carne de carneiro: -21,92%
- Pimentão: -20,08%
- Tomate: -19,26%
- Energia elétrica residencial: -18,61%
- Laranja-lima: -17,26%
- Acesso à internet: -12,08%
- Saco para lixo: -11,79%
- Feijão-preto: -11,69%
Vale destacar que apenas 36 dos mais de 370 itens pesquisados pelo IBGE tiveram queda nos preços nos últimos 12 meses. Isso mostra que os recuos ficaram restritos a poucos produtos e serviços, e as quedas mais intensas atingiram itens que exercem maior influência no IPCA-15.
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