O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,16% em outubro. Esse avanço sucedeu dois meses de queda, e a alta poderia ter sido ainda maior caso não fosse a gasolina. A propósito, o IPCA-15 é considerado a prévia da inflação oficial do país, e o IBGE é o responsável por medi-lo.
Neste mês, o preço da gasolina caiu 5,92%, impactando o IPCA-15 em -0,29 ponto percentual (p.p.). Dessa forma, a gasolina exerceu o maior impacto negativo na inflação do país e teve força para enfraquecer significativamente o índice em outubro.
Embora a prévia da inflação tenha apresentado uma variação positiva neste mês, a alta teria sido ainda maior caso a gasolina não tivesse ficado mais cara. A saber, o IBGE pesquisa as oscilações nos preços de 367 itens.
Isso quer dizer que os brasileiros viram os preços dos produtos e serviços subir novamente no mês. Aliás, apenas os consumidores que utilizam com mais frequência a gasolina conseguiram aproveitar a queda no preço do combustível.
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Redução do ICMS derruba inflação no país
A gasolina vem apresentando quedas consecutivas nos últimos meses. Isso está acontecendo por causa da lei federal que limita a alíquota de cobrança do ICMS sobre os seguintes produtos e serviços:
- Combustíveis;
- Energia elétrica;
- Gás natural;
- Telecomunicações;
- Transporte coletivo.
Inclusive, não foi apenas a gasolina que ficou mais barata em outubro. Os combustíveis como um todo registraram queda de 6,14% no mês. Segundo o IBGE, os combustíveis tiveram os seguintes recuos: etanol (-9,47%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%).
Vale destacar que o grupo transportes, do qual os combustíveis fazem parte, teve deflação de 0,64% em outubro. Apesar de negativa, a taxa foi menos intensa que a de setembro (-2,35%).
Por outro lado, mesmo com a queda nos preços dos combustíveis, o item passagens aéreas saltaram 28,17%. A variação foi bem mais expressiva que a de setembro (8,20%) e impactou o IPCA-15 em 0,18 p.p.
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