O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, popularmente conhecido como IPCA-15, que é considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,69% neste mês de março, informou nesta sexta-feira, dia 24, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador sofreu uma leve queda quando comparado o resultado do mês de fevereiro, quando o IPCA-15 chegou a bater 0,76%. Nesse sentido, com a queda neste mês de março, o IPCA-15 acumulado também apresenta uma leve desaceleração, saindo 5,63% e indo para 5,36%.
A desaceleração do IPCA-15 fica ainda mais nítida quando pegamos uma comparação com o mês de março de 2022, em que o indicador marcou 0,95%. Os resultados mostram que aos poucos a economia brasileira vai entrando no eixo, mas os números ainda permanecem assustando a população brasileira.
Variação do IPCA-15 por grupo
O IPCA-15 é dividido em nove grupo e, segundo o IBGE, oito desses nove tiveram um aumento em relação ao mês de março. Porém, o que mais acometeu os brasileiros foi o grupo relacionado a transportes e o grupo de saúde e cuidados básicos, veja abaixo:
- Vestuário: 0,11%
- Transportes: 1,50%
- Alimentação e bebidas: 0,20%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,18%
- Habitação: 0,81%
- Despesas pessoais: 0,28%
- Artigos de residência: -0,18%
- Comunicação: 0,08%
- Educação: 0,75%
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De acordo com o IBGE, a alta do IPCA-15 no grupo transportes foi puxada, principalmente, pelo aumento de 5,76% nos preços da gasolina. Vale lembrar que no fim de fevereiro, o governo anunciou mudanças no preço dos subsídios da gasolina e do etanol.
Além dos combustíveis, os valores de transportes individuais e coletivos também contribuíram para a alta. Os transportes por aplicativo, por exemplo, tiveram alta de 9,02%.
Como mencionado anteriormente, o grupo do IPCA-15 que mais subiu foi o de saúde e cuidados pessoais, O segundo maior impacto sobre o IPCA-15 de março veio do grupo de saúde e cuidados pessoais. A alta no grupo foi puxada por perfumes, maquiagens, sabonetes e outros produtos para o cabelo. Além dos produtos de beleza, a saúde também registrou aumento de preços: o plano de saúde subiu 1,20%.
Na contramão das elevações, o grupo artigos de residência foi o único com queda. Ela foi puxada sobretudo pelo recuo de 1,81% dos itens de tv, som e informática, em particular as televisões (-1,89%) e os computadores pessoais (-1,68%).
Indicador sofreu aumento em todas as regiões do país
Apesar do acumulado do IPCA-15 ter sofrido uma queda e a comparação mês a mês também, o indicador sofreu elevação em todas as regiões do país.
As maiores variações foram registradas em Porto Alegre e Curitiba, as duas com 1,13%. As cidades tiveram alta mais expressiva nos preços de energia elétrica.
O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Salvador (0,37%), onde pesaram as quedas de 10,35% nas passagens aéreas e 9,13% no seguro voluntário de veículo.
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