O IPC-S, assim como o IPCA, é um indicador econômico utilizado para medir a variação de preços de uma ampla variedade de produtos e serviços em intervalos semanais. Entretanto, diferentemente de outros índices calculados mensalmente, como o próprio IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o IPC-S fornece uma medida mais frequente das mudanças nos preços.
A sigla IPC-S representa o Índice de Preços ao Consumidor Semanal e tem como objetivo refletir o impacto da inflação no custo de vida e na cesta de consumo das famílias brasileiras com renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais. Assim, esse índice permite acompanhar de forma mais detalhada e regular as variações de preços, fornecendo informações atualizadas sobre a inflação e auxiliando na análise da situação econômica do país. Então, veja mais detalhes sobre o assunto abaixo!
O que é o IPC-S
O IPC-S, cuja sigla significa Índice de Preços ao Consumidor Semanal, tem como propósito refletir o impacto da inflação no custo de vida e na cesta de consumo das famílias brasileiras com renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais. Dessa forma, esse índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por meio do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE). Além disso, a FGV mantém outros índices de preços ao consumidor em seu sistema, incluindo:
- IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor para a Terceira Idade)
- IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1)
- IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor/Disponibilidade Interna)
- IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10)
- IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor – Mercado)
Cada um desses índices possui particularidades metodológicas e abrangência específica. Porém, todos eles têm o objetivo de fornecer uma visão abrangente da variação de preços e seu impacto na economia.
O IPC-S é calculado no Brasil desde 2003 e também possui um recorte territorial. Ele é medido em sete capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
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Para que ele é usado?
O IPC-S desempenha um papel fundamental no monitoramento da evolução dos preços ao consumidor ao longo do tempo. Dessa forma, permite detectar de forma rápida as mudanças nessa trajetória.
Quando o IPC-S aumenta, indica que os preços estão subindo em relação a um período-base. Isso reflete uma pressão inflacionária, pois os consumidores precisam gastar mais para adquirir os mesmos produtos e serviços. Por outro lado, quando o IPC-S apresenta queda, os preços diminuem em relação ao período-base, podendo indicar deflação.
Assim, o IPC-S é um dos principais índices utilizados para compreender e acompanhar a inflação no Brasil. Os dados fornecidos por esse índice são amplamente utilizados pelo governo, empresas e economistas para monitorar a evolução dos preços e suas consequências na economia. A inflação afeta o poder de compra dos consumidores, os custos de produção das empresas, as políticas monetárias do Banco Central e o planejamento financeiro em geral.
Nesse contexto, o IPC-S fornece informações cruciais para a tomada de decisões, tanto em nível individual como macroeconômico. Ele auxilia na formulação de políticas públicas, estratégias empresariais e serve como base para previsões de reajustes salariais e contratos de aluguel, conforme destacado pela FGV-IBRE.
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Como o IPC-S é calculado?
Para monitorar a evolução dos preços ao consumidor, o IPC-S considera uma variedade de produtos e serviços predefinidos. Esses itens incluem alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, além de despesas diversas.
A coleta de dados é realizada semanalmente em diferentes estabelecimentos comerciais. No entanto, o cálculo das taxas de variação é feito com base na média dos preços coletados durante quatro semanas, até a data de fechamento. Esses fechamentos ocorrem nos dias 7, 15, 22 e 30 de cada mês.
Por exemplo, o fechamento feito no dia 7 do mês atual é calculado com base na primeira semana do mês e nas três últimas semanas do mês anterior. No fechamento do dia 15, são consideradas as duas últimas semanas do mês anterior e as duas primeiras do mês atual.
Dessa forma, o IPC-S é capaz de medir a inflação em um intervalo de tempo bastante curto, inclusive quando comparado a padrões internacionais. Assim, isso permite uma análise mais frequente das variações de preços.
No dia a dia da população brasileira, essas oscilações de preços no país afetam diretamente a rotina e o planejamento financeiro de muitas famílias. É importante acompanhar essa evolução, mas também saber lidar com a instabilidade.
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Outros indicadores IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é utilizado para medir a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços que fazem parte das despesas habituais de famílias com nível de renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais. A pesquisa de preços do IPC é realizada diariamente e abrange sete das principais capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.
O cálculo do IPC é baseado nas despesas de consumo obtidas por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE no biênio 2008/2009. Com base nessas informações, foram construídas as estruturas de ponderação que expressam, em termos percentuais, a importância monetária dos bens e serviços que compõem a amostra do IPC.
A partir da POF, foi estabelecida a composição final das versões do Índice de Preços ao Consumidor. Os bens e serviços que integram a amostra foram classificados em oito grupos ou classes de despesa, 25 subgrupos, 85 itens e 338 subitens.
As oito classes de despesa são: Alimentação, Habitação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Transportes, Despesas Diversas e Comunicação.
No sistema de apuração do IPC, também existem índices especiais, como o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) e o Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1). O IPC-3i mede a variação de preços de bens e serviços destinados a famílias compostas predominantemente por indivíduos com mais de 60 anos de idade. Já o IPC-C1 é um indicador mensal que mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços para famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais.