Muitos analistas afirmam que o hidrogênio verde será o combustível do futuro. A ideia, apesar de ser nova, já foi levantada por políticos importantes, como Eduardo Leite, atual governador do Rio Grande do Sul. Segundo ele, em entrevista ao podcast Flow, o Brasil tem um grande potencial para ser líder na produção dessa matriz energética. Contudo, atualmente há poucos incentivos a isso.
Mas antes de entender o potencial brasileiro (e também das ações ligadas ao setor), é preciso entender o que é o hidrogênio verde e como ele pode mudar a forma como usamos os combustíveis no mundo.
O que é hidrogênio verde?
O hidrogênio verde é uma das principais promessas para a redução de emissão de carbono na atmosfera da terra. E diferentemente de outros combustíveis, todas as indústrias podem utilizá-lo, desde aviação até veículos e siderúrgicas. Por isso, o alto potencial de valorização ainda é uma perspectiva, já que é uma tecnologia em fase inicial de aceitação no mundo.
Na prática, o hidrogênio verde é produzido através de um processo chamado eletrólise da água. Para isso, os químicos colocam uma corrente elétrica nas moléculas de água, que a separam em gás hidrogênio e gás oxigênio. Feito esse processo, se os produtos fizerem o processo inverso, ou seja, juntar hidrogênio e oxigênio, forma-se a água mais um componente de energia, que movimenta os veículos e tudo o que precisar de energia. O resultado disso é que em vez de soltar carbono na atmosfera, o hidrogênio verde tem como resultado final a água. Para fazer essa separação da água em hidrogênio e oxigênio, carros utilizam baterias. O movimento oposto ocorre naturalmente nos motores.
Dessa forma, um ambiente que carregue as baterias com energia solar e tenha o hidrogênio verde como fonte de locomoção tem um impacto de quase zero na atmosfera. Exatamente por isso que o hidrogênio verde é a fonte mais promissora do mundo em energia sustentável.
Ações da bolsa brasileira que estão nesse mercado
O Banco BTG já fez esse estudo e verificou que duas empresas brasileiras podem entrar com força nesse mercado no futuro próximo. Contudo, a ideia em si é bastante inicial no Brasil. Por isso, esse crescimento esperado pode demorar mais, se compararmos com o mercado internacional.
Exatamente por isso também que o custo de produção no Brasil ainda é maior que outros países. Contudo, analistas afirmam que, à medida que o mundo correr nessa direção, haverá o barateamento desses gastos, o que aumentará, gradativamente, a adoção do hidrogênio verde.
O relatório do BTG aponta as empresas Aeris (AERI3) e Weg (WEGE3) como as principais promessas do hidrogênio verde por aqui. Além disso, a Vitreo lançou o Fundo Vitreo Hidrogênio, que investe 100% do seu capital no ETF HDRO, listado na bolsa americana. Na prática, o investir colocará dinheiro em empresas do mundo todo que adotam essa fonte de energia. As empresas ficam na Grã-Bretanha, Coréia do Sul, Alemanha, entre outros países. Por isso, para começar a investir, basta abrir sua conta na corretora e buscar os produtos mencionados.