Os investimentos feitos pela Petrobras podem subir até 10% nos próximos anos. Isso quem afirma é Sergio Caetano Leite, diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores que, em entrevista à agência de notícias Reuters, afirmou que essa elevação está prevista no próximo Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028, ante o planejamento anterior (2023-2027).
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De acordo com ele, o investimento de aproximadamente US$ 86 bilhões, cerca de R$ 421 bilhões, ainda está sendo estudado e a elaboração do plano será publicado apenas no fim do ano, considera cálculos atuais de ajustes inflacionários de cerca de US$ 4 bilhões, que levariam por si só o total de investimentos em cinco anos para ao menos US$ 82 bilhões.
Segundo o diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com da Petrobras, a provável entrada de projetos de baixo carbono, que ainda passarão por aprovação, seria a responsável por boa parte do crescimento dos aportes para o patamar de US$ 86 bilhões, versus os US$ 78 bilhões do plano atual (2023-2027). “Vamos ajustar a inflação e sinalizar um valor maior de investimento contando com essa correção, mas tem realmente mais dinheiro no investimento”, afirmou Sergio Caetano Leite.
Ainda durante a entrevista à publicação citada, ele afirmou que ainda se estuda se os projetos de baixo carbono são, de fato, economicamente vantajosos. “Se forem lucrativos e tecnicamente aplicáveis, a Petrobras pode chegar a um investimento que dos US$ 82 bilhões (só considerando a correção da inflação) nos leve aos 86 (bilhões)”, afirmou, sem explicar, todavia, quais são, de fato, esses projetos, resumindo-se apenas a explicar que esses planos poderiam ser na área de energias renováveis e em descarbonização das operações, em linha com o indicado pela gestão da empresa.
Em junho deste ano, a Petrobras revelou que começou a aportar em projetos de baixo carbono entre 6% e 15% do investimento total de seu Plano Estratégico 2024-2028, contra 6% no planejamento quinquenal atual. De acordo com a empresa, essa faixa percentual ainda será confirmada no detalhamento da carteira de projetos que será levada à aprovação final juntamente ao novo plano em novembro.
Por fim, o diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento da Petrobras relatou que a empresa gera bastante caixa e, por conta disso, muitos investimentos deverão ser feitos nos próximos anos. No entanto, ele ressaltou que existe “muito cuidado com o endividamento da empresa”. “A gente não quer endividar a Petrobras além do razoável, não é esse o objetivo”, afirmou ele.
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