É provável que a internação de Bolsonaro dure mais alguns dias, visto que nessa quinta-feira (15) ele deverá fazer alguns exames de imagem para ter mais detalhes sobre seu estado de saúde. Após apresentar um quadro de obstrução intestinal, o presidente foi para São Paulo, sob a hipótese de passar por uma cirurgia de emergência.
Jair Bolsonaro já vinha reclamando de dores abdominais e soluços constante há algum tempo, e até o momento não há previsão de alta.
“O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi transferido na noite desta quarta-feira para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o Presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador”, disse a nota divulgada pelo hospital na quarta (14).
Em suas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL – SP), filho do presidente, também declarou que “de madrugada ele foi pro hospital e foi retirado cerca de um litro de líquido do seu estômago, aliviou a dor. Ele ontem tava reclamando de dor, mas dores leves e com esse quadro há uma possibilidade de cirurgia, mas também há uma esperança que essa dobra se desfaça naturalmente”.
Carlos Bolsonaro, vereador e filho do presidente, também está acompanhando de perto o pai em São Paulo. Ele foi mentor do uso da internação durante a campanha eleitoral como estratégia política, em 2018. Há quem acredite que a família Bolsonaro está repetindo essa jogada mais uma vez.
Segundo as informações, o presidente está acompanhado pelo cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo; trata-se do mesmo profissional que o acompanha desde o atentado que sofreu enquanto ainda era candidato à presidência.
A Internação de Bolsonaro e a facada de 2018
Jair Bolsonaro imediatamente relembrou o caso do atentado em 2018, associando seu adoecimento de agora ao ocorrido; é a mesma estratégia que o presidente usou no ano das eleições para sensibilizar seu eleitorado. Agora, a sensibilização vem em um momento em que até seus aliados o acusam de promover ataques antidemocráticos.
Após sua internação, Bolsonaro postou uma foto nas redes sociais, mostrando seu estado de saúde e dizendo que é apenas “mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao PSOL, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil. Um atentado cruel não só contra mim, mas contra a nossa democracia”.
A família e os aliados de Bolsonaro mostram preocupação com o presidente; eles esperam que esse afastamento o ajude a se recuperar para passar pela crise política. Além desses problemas de saúde, Bolsonaro também deu sinais de grande inquietação por conta de todos os escândalos vindo à tona. Nesse momento delicado, seus aliados pedem que as críticas e os ataques agressivos por parte da oposição não cheguem ao presidente.