Informações divulgadas pela jornalista Andreia Sadi, da “Globo News” revelam que interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificaram nas últimas semanas contatos com generais da ativa. O objetivo: averiguar se existe a chance de um eventual golpe institucional em caso de derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) com o apoio das Forças Armadas.
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De acordo com a jornalista, assessores de Lula, que atuaram durante o governo do petista e também de Dilma Rouseff (PT), têm interlocução com a cúpula militar das Forças Armadas e constataram que os militares não irão apoiar “loucuras” de Bolsonaro.
Esse assessores também ouviram que existe uma pequena parte que apoia Bolsonaro, mas como a quantidade de militares que patrocinam as ameaças do presidente não é grande, qualquer chance de levar adiante uma tentativa de institucional é considerada remota.
Durante essas conversas, informou a jornalista, integrantes das Forças Armadas confessaram que Bolsonaro tem tido êxito em sua estratégia de misturar a imagem das Forças Armadas com a do governo, como se os militares – de forma unânime – apoiassem o governo contra “tudo e contra todos, principalmente contra o PT”.
“A estratégia de Bolsonaro não é um voo solo – tem, sim, o aval de militares que se deixam usar como patrocinadores das ameaças golpistas do presidente – como as reiteradas dúvidas a respeito das urnas eletrônicas”, destacou a jornalista.
Sobre essas dúvidas, importante destacar que a mais recente foi representada por um ofício do Ministério da Defesa que, assim como publicou o Brasil123, pediu na quinta-feira (05) que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgasse as perguntas elaboradas pelo Exército a respeito da segurança das urnas.
Em resposta, o TSE informou que já divulgou cerca de 700 páginas com respostas sobre as perguntas pautadas por Bolsonaro e que as únicas informações não reveladas foram as que o próprio Executivo pediu para que fossem mantidas em segredo.
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