A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,1% em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, o avanço sucede dois meses seguidos de queda. Aliás, com o acréscimo dessa alta, o ICF fechou o mês em 76,2 pontos, melhor resultado desde maio de 2021 (81,7 pontos).
Embora o indicador tenha subido, a intenção de consumo das famílias continua abaixo do nível de satisfação (100 pontos). Por falar nisso, a última vez que o indicador superou esse patamar foi em abril de 2015 (102,9 pontos).
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta segunda-feira (31).
Segundo o o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os consumidores estão mais confiantes na recuperação econômica do país, apesar das incertezas para este ano.
“Os números relativos à percepção do mercado de trabalho apontam que as pessoas se sentem um pouco mais seguras em relação à situação atual. E, apesar de ainda não representar a maior parte das famílias, a parcela que pretende aumentar seu consumo nos próximos meses alcançou o maior percentual desde abril de 2020, dando sinais favoráveis para o comércio neste início de ano”, ressaltou Tadros.
Cinco dos sete componentes pesquisados sobem no mês
De acordo com a CNC, apenas os componentes acesso ao crédito (-1,0%) e momento para duráveis (-0,8%) caíram em janeiro. Em contrapartida, os outros cinco componentes do ICF registraram acréscimos em suas taxas no mês.
A economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, explicou que o acesso ao crédito tombou devido ao cenário atual do Brasil. “Isso é consequência do aumento dos juros, ocasionado pela alta inflacionária, que também reduz o poder de compra. Ambos os fatores representam maiores dificuldades para os consumidores”, disse a economista.
Por outro lado, as maiores altas vieram dos subíndices emprego atual (+2,6%) e perspectiva de consumo (+2,5%). Os seguintes itens também registraram avanços em janeiro: perspectiva profissional (+1,6%), nível de consumo atual (+0,8%) e renda atual (+0,5%).
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