A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou avanço de 2,1% em agosto deste ano na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, o índice atingiu 70,2 pontos, melhor resultado desde abril (70,7 pontos), ou seja, em quatro meses.
Aliás, este é o terceiro avanço consecutivo do indicador, após três meses seguidos de queda. Assim, os ganhos nos últimos três meses conseguiram recuperar quase todas perdas dos dois meses anteriores. Além disso, a intenção de consumo em agosto deste ano superou em 6,1% o nível registrado no mesmo mês de 2020.
No entanto, a intenção de consumo das famílias está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015, quando atingiu 102,9 pontos. A propósito, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta segunda-feira (23).
Segundo o o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o resultado positivo aconteceu devido à melhora dos indicadores econômicos do país no período. Ao mesmo tempo, o avanço da vacinação permitiu o crescimento do consumo entre as famílias.
“De modo geral, a população tem se sentido mais segura para consumir, seja no ato de sair de casa para comprar ou de gastar com a confiança de que vai haver salário no fim do mês. Mas é preciso manter todos os cuidados de higiene e prevenção, em especial diante de novas cepas do coronavírus, que nos deixa em maior alerta”, ponderou Tadros.
Todos os componentes pesquisados sobem em agosto
De acordo com a CNC, todos os sete componentes pesquisados subiram em agosto, assim como ocorreu nos dois meses anteriores. Em resumo, o destaque ficou novamente com o subíndice que mede a perspectiva de consumo, cujo avanço de 5,6% fez o componente chegar a 70,7 pontos.
Esse resultado evidencia a melhora da economia do país na percepção dos brasileiros. Da mesma forma, o nível de consumo atual também cresceu no mês (3,7%), alcançando o maior patamar desde março deste ano.
“O ICF deste mês mostra que a expectativa das famílias brasileiras é que o ambiente econômico mais positivo, percebido no curto prazo, se prolongue para o longo prazo”, afirmou Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pela pesquisa.
Por fim, o indicador referente à renda atual cresce 1,8% em agosto, terceiro avanço seguido. Já o emprego atual avançou de maneira mais tímida (0,4%), para 87,3 pontos.
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