A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 0,4% em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, o avanço é o segundo consecutivo, após dois meses de queda. Aliás, com o acréscimo do resultado, o ICF fechou o mês em 77,6 pontos, melhor resultado desde maio de 2020 (81,7 pontos).
Embora o indicador tenha subido, a intenção de consumo das famílias continua abaixo do nível de satisfação (100 pontos). Por falar nisso, a última vez que o indicador superou esse patamar foi em abril de 2015 (102,9 pontos).
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta sexta-feira (18).
Segundo o o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os consumidores estão mais confiantes na recuperação econômica do país, apesar das incertezas para este ano. Seja como for, os números apurados pela CNC indicam uma percepção mais positiva da população. Por isso que a intenção de consumo cresceu no mês.
“É possível observar uma evolução do poder de compra no curto prazo. O crescimento do índice Consumo Atual dá sinais de um ambiente para compra mais estabilizado”, ressaltou Tadros.
Seis dos sete componentes pesquisados sobem no mês
De acordo com a CNC, apenas o componente momento para duráveis (-7,7%) caiu em fevereiro. Aliás, o recuo foi o sétimo consecutivo e fez o indicador cair para 43,5 pontos. Na base anual, a retração chega a 9,2%.
A economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, explicou que o aumento dos juros encareceram os bens duráveis. Isso fez com que os consumidores deixassem estes itens de lado.
Por outro lado, os outros componentes tiveram variações positivas em fevereiro: nível de consumo atual (+3,9%), renda atual (+2,1%), emprego atual (+1,6%), perspectiva profissional (+0,9%), acesso ao crédito (+0,7%) e perspectiva de consumo (+0,1%).
Entre as regiões, apenas o Norte registrou queda mensal em fevereiro, de 1,2%. Em contrapartida, três regiões tiveram acréscimos na intenção de consumo: Sul (+1,9%), Nordeste (+0,9%) e Centro-Oeste (+0,1%). Já o Sudeste teve variação nula no mês (0,0%).
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