A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,9% em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, o índice atingiu 72,5 pontos, melhor resultado desde março.
Aliás, este é o quarto avanço consecutivo do indicador, após três meses de queda. Assim, os ganhos nos últimos quatro meses conseguiram recuperar quase toda a perda dos três meses anteriores. Além disso, a intenção de consumo em setembro deste ano superou em 7,2% o nível registrado no mesmo mês de 2020.
No entanto, a intenção de consumo das famílias está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015, quando atingiu 102,9 pontos. A propósito, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quinta-feira (16).
Segundo o o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o resultado positivo aconteceu devido ao aumento da vacinação no país. No entanto, Tadros ressaltou que a recuperação econômica brasileira ainda não está garantida.
“O cenário apresenta pontos vulneráveis, o que gera maior cautela das famílias. O aumento da inflação nos últimos meses reduziu o poder de compra dos consumidores, principalmente em itens duráveis, que obtiveram inflação acima do índice geral no último resultado”, ponderou Tadros.
Quase todos os componentes pesquisados sobem em setembro
De acordo com a CNC, seis dos sete componentes pesquisados subiram em setembro após todos subirem entre junho e agosto. Em resumo, o destaque ficou novamente com o subíndice que mede a perspectiva de consumo, cujo taxa subiu de 3,7%, quarto mês seguido de alta.
A única exceção ficou com a avaliação do momento para duráveis, que recuou 0,5%. Já na comparação anual, o subíndice subiu 1,7%. Em contrapartida, o nível de consumo atual acumula avanço de 13,5% no ano.
“A expectativa das famílias é de que esse ambiente econômico mais positivo, percebido no curto prazo, se prolongue para o longo prazo. Tanto que Perspectiva de Consumo foi novamente o item com maior crescimento no mês e alcançou o maior nível desde maio de 2020”, afirmou Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pela pesquisa.
Por fim, o indicador referente à renda atual cresceu 0,7% em setembro, quarto avanço seguido. Já o emprego atual avançou de maneira mais expressiva (1,9%), para 89,5 pontos, maior nível em desde março de 2021 (90 pontos).
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