Integrantes do aplicativo de mensagens Telegram e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se encontraram nesta terça-feira (07). O objetivo: debater ações no combate à desinformação nas eleições de outubro. De acordo com informações publicadas pelo TSE, o presidente da Corte, ministro Edson Fachin, esteve presente na reunião e conversou com o vice-presidente do Telegram, Ilya Perekopsky, que explicou sobre iniciativas inéditas que a plataforma pretende implementar no Brasil.
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Segundo ilya Perekopsky, o Telegram vai, pela primeira vez, monitorar conteúdos publicados nos grupos de usuários, ferramenta que poderá ser replicada em outros países. Ainda conforme o Executivo, postagens que porventura sejam identificadas como descontextualizadas ou falsas receberam um aviso.
Outra medida que a plataforma pretende adotar é a criação de um canal que servirá para que essas notícias supostamente falsas ou descontextualizadas sejam checadas. Além disso, os usuários do Telegram também poderão marcar e denunciar à plataforma materiais com suposto teor desinformativo.
Ainda conforme publicação do TSE, o vice-presidente do Telegram recebeu uma lista de sugestões que visam auxiliar no monitoramento e no combate à disseminação de desinformação. Dentre elas está a possibilidade de se checar a origem de uma publicação maliciosa, permitindo assim que o responsável pela primeira divulgação maliciosa seja encontrado.
De acordo com Ilya Perekopsky, não é possível atender todas as sugestões por questões operacionais. No entanto, ele explicou que algumas serão estudadas e eventualmente implementadas no decorrer do ano. Para Edson Fachin, a parceria com o Telegram é muito importante na luta pelo combate à desinformação. De acordo com ele, essas informações falsas podem colocar em risco a democracia brasileira.
“Estamos buscando encontrar um equilíbrio entre a arena pública que pertence à política e o campo de atuação da lei eleitoral. Tentamos manter separados esses dois campos porque não nos importamos com questões políticas, mas com a aplicação e o respeito às leis eleitorais”, relatou o ministro.
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