O aumento do salário mínimo foi recebido com bons olhos pela maioria dos brasileiros. Isso porque o valor maior representará um aumento acima da inflação, o que impulsiona o poder de compra das famílias e também desafoga o bolso do consumidor. Contudo, para quem está empregado e recebe esse valor, o desconto do INSS será ainda maior.
Por isso, hoje vamos entender como funciona o desconto do INSS e qual será o novo valor destinado à previdência. Vale lembrar que o desconto é obrigatório e não pode ser descartado pelo empregador.
Novo valor-base do INSS
O aumento do salário mínimo afeta diretamente diversos serviços bancários e descontos de previdência. Isso porque o valor é a referência para muitas outras coisas, o que também acontece para a subtração do salário pelo INSS. Com isso, todo e qualquer trabalhador de carteira assinada, empregado doméstico ou trabalhadores avulsos precisam efetuar o pagamento.
Com isso, desde maio de 2023, os descontos seguem a seguinte escala:
- Até um salário mínimo (R$ 1.320): 7,5%
- De R$ 1.320,01 até R$ 2.571,29: 9%
- De R$ 2.571,30 até R$ 3.856,94: 12%
- De R$ 3.856,95 até R$ 7.507,49: 14%
Dessa forma, com as novas alíquotas, o valor descontado dos brasileiros que ganham um salário mínimo será de R$ 99. Anteriormente, o valor era de R$ 97,65. Com isso, especialistas dizem que o impacto não é tão relevante, dado que o reajuste foi de apenas R$ 18. Por outro lado, quanto menor a remuneração do trabalhador, maior é o impacto nas contas pessoais, dado que há uma graduação na retirada dos valores.
Além disso, vale lembrar que todo trabalhador que tem o salário reajustado tem, também, esse desconto aumentado. Por isso, sempre que há um aumento salarial, seja por decreto, seja por mérito, o desconto do INSS tem um novo impacto.
Novidade também no décimo terceiro
Apesar do novo desconto, quem já é beneficiário da previdência recebeu uma boa notícia. Isso porque há um novo calendário de pagamentos do décimo terceiro. Os valores cairão nas contas em maio e junho. Além disso, o pagamento acontecerá em duas parcelas em menor intervalo de tempo. Dessa forma, o calendário se aproxima dos anos de 2020, 2021 e 2022, adiantados por conta da pandemia. Nesses anos, os pagamentos foram entre abril e junho (2020) e maio e julho (2021 e 2022).
Confira, abaixo, o calendário para quem recebe um salário mínimo:
NIS de final 1 | 25 de maio | 26 de junho |
NIS de final 2 | 26 de maio | 27 de junho |
NIS de final 3 | 29 de maio | 28 de junho |
NIS de final 4 | 30 de maio | 29 de junho |
NIS de final 5 | 31 de maio | 30 de junho |
NIS de final 6 | 1 de junho | 3 de julho |
NIS de final 7 | 2 de junho | 4 de julho |
NIS de final 8 | 5 de junho | 5 de julho |
NIS de final 9 | 6 de junho | 6 de julho |
NIS de final 0 | 7 de junho | 7 de julho |
Por outro lado, o calendário do INSS para quem recebe acima do salário mínimo é o seguinte:
NIS de final 1 e 6 | 1 de junho | 3 de julho |
NIS de final 2 e 7 | 2 de junho | 4 de julho |
NIS de final 3 e 8 | 5 de junho | 5 de julho |
NIS de final 4 e 9 | 6 de junho | 6 de julho |
NIS de final 5 e 0 | 7 de junho | 7 de julho |
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