O Supremo Tribunal Federal (STF) deve votar nesta sexta-feira, 24, o processo da revisão da vida toda. A medida interessa a milhões de beneficiários do INSS, que podem receber um bom dinheiro com esse processo. Contudo, pode parecer mais um julgamento, mas na verdade é um dos mais importantes.
Por isso, hoje vamos entender a diferença para os outros julgamentos da revisão da vida toda, além de mostrar como ele impactará os atuais beneficiários do INSS.
A revisão da vida toda do INSS
O processo da revisão da vida toda é uma medida que passa a contemplar, dentro do cálculo da aposentadoria, todas as contribuições dos trabalhadores ao INSS. Isso acontece porque, antes de 1994, o Brasil tinha outra moeda e, com isso, as contribuições antigas não valeram para o cálculo da aposentadoria.
Contudo, o STF já aprovou um texto que diz que todas as contribuições devem valer, mesmo aquelas anteriores a 1994. Por conta disso, especialistas dizem que os trabalhadores ganharam a causa e terão, sim, um reajuste salarial, além do pagamento do retroativo na conta bancária.
Por isso, não existe perspectiva de que o STF mude o entendimento em relação ao INSS. Contudo, após aprovar a medida, a previdência informou que era preciso formular as regras, para que, com isso, o governo pudesse saber quanto pagar, para quem pagar e, principalmente, como fazer isso.
Em outras palavras, o STF já disse, em dezembro de 2022, que fará a revisão da vida toda. Agora, discutirá as regras para a modificação do pagamento que será feito pelo INSS daqui por diante. Na justiça, o processo teve algumas atualizações recentes, o que sugere que as regras definitivas devem sair já nos próximos meses. A perspectiva é de definição até fevereiro de 2024, segundo especialistas.
Quais as expectativas?
Até agora, apenas dois ministros do STF votaram no processo da revisão da vida toda. No entendimento deles, o cidadão deve, sim, ter um reajuste salarial, mas recusaram algumas questões que são importantes para os aposentados e pensionistas do INSS.
Segundo Alexandre de Moraes, a revisão deve valer apenas para os pagamentos futuros do INSS. Com isso, benefícios já extintos não entrariam na causa. Além disso, encaixa-se nesse argumento que o governo não deve efetuar o pagamento retroativo. Segundo Rosa Weber, ministra que se aposentou recentemente e, por isso, adiantou o voto, o entendimento é o mesmo, com a diferença de que os benefícios devem ser revisados apenas para aqueles pagos a partir de 17 de dezembro de 2023. Moraes entendeu a data como 1º de dezembro.
Para essa semana, especialistas dizem que a revisão do INSS pode sair em uma melhor roupagem para os brasileiros, podendo, inclusive, ter a inclusão do retroativo nos argumentos.