O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, garante que o maior desafio da pasta é reduzir a fila da perícia médica. A saber, 1,8 milhão de pessoas aguardam atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e mais de 1 milhão esperam pela perícia.
Cabe mencionar que a declaração foi dada em entrevista ao programa Voz do Brasil desta segunda-feira (22).
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Mutirões para reduzir o tempo de espera no atendimento do INSS
Lupi destacou que estão em andamento mutirões com o objetivo de diminuir o tempo de espera, principalmente em locais remotos.
“Nós temos hoje cerca de 3 mil peritos para cuidar do Brasil inteiro. E o que acontece? No interior do Brasil é difícil o acesso. Você vai, por exemplo, de João Pessoa até Campina Grande, é fácil, mas no interior da Paraíba é mais difícil. A mesma coisa no Rio Grande do Norte. Imagina na Amazônia, onde você só tem acesso a alguns municípios de barco. Então nós estamos começando a fazer um mutirão, no qual nós vamos pegar um grupo, e isso já está acontecendo, de médicos peritos para irem, principalmente, aos locais mais distantes onde as pessoas precisam”, esclareceu.
Além disso, no próximo mês, o Ministério da Previdência pretende concluir um convênio com o Ministério da Saúde para informatizar os atestados médicos para fins de licenças de saúde.
Lupi explica que 30% desses documentos chegam ilegíveis ao INSS.
“Olha só que coisa absurda, mas eu tenho que falar: 30% das pessoas que recebem um atestado médico para tirar a licença saúde, o setor administrativo não consegue ler [o atestado], porque a letra de médico, com todo respeito, é uma letra com alguma dificuldade [de leitura]. Então, o que acontece? O Ministério da Saúde vai colocar isso no computador e vai ficar informatizado o atestado. Então eu não vou precisar de ninguém para interpretar. Já está ali uma validade imediata”, projetou.
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Telemedicina
Ainda mais, outra medida que deve ser tomada para reduzir a fila da perícia médica do INSS é o uso da telemedicina.
Sendo assim, de acordo com o ministro da Previdência, o atendimento online será destinado para alguns casos e já entra em vigor no segundo semestre deste ano.
“Alguém precisa fazer uma pessoa andar 400, 500 quilômetros, para mostrar que está com problema na perna, que não pode andar, que está paraplégica, que está cega? Será que usando um celular, uma imagem de computador não dá pra ver e atestar isso? Na hora que tiver dúvida, aí sim precisa ir para a perícia [presencial]”, argumentou.
Com informações da Agência Brasil
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