De acordo com uma pesquisa publicada pelo Datafolha neste domingo (03/04), a avaliação do desempenho do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia de covid-19 apresentou sinais de melhora.
Confira a pesquisa
Segundo o levantamento realizado nos dias 22 e 23 do mês passado, 28% dos entrevistados avaliam a condução do governo na pandemia como ótima ou boa. No último mês de setembro, esse número era de 22%. Além disso, aqueles que avaliam como “regular” passaram de 22% para 25% no mesmo comparativo.
Por fim, a parcela que enxerga o desempenho de Bolsonaro “ruim ou péssimo” caiu de 54% para 46%. Importante destacar que a pesquisa foi realizada nos dias 22 e 23 do mês de março, ouvindo 2.556 pessoas, em 181 municípios. A margem de erro é de dois pontos para cima ou para baixo.
Explicação para a melhora de Bolsonaro
A avaliação do presidente sobre a pandemia melhora quando o país atinge a marca de 660 mil mortes pela doença. No sábado, o país registrou 197 mortes por Covid-19. A última vez que a taxa de mortalidade foi tão baixa foi em 18 de janeiro, quando o número médio de novas mortes foi de 185.
Desse modo, à medida que a situação epidemiológica melhora, o Governo Federal busca ordenar o fim da pandemia, alterando o status da doença para “endemia”. A melhora na percepção da gestão da pandemia coincide com a queda da oposição a Bolsonaro nas pesquisas.
Segundo pesquisa do Datafolha de março, 46% desaprovam o governo, 7 pontos percentuais abaixo do recorde da pesquisa anterior.
Eleições presidenciais
Lula, que era popular como presidente, mas mais tarde foi preso por acusações de suborno em 2018, tem sido um dos favoritos desde que o Supremo Tribunal do Brasil revogou sua condenação por motivos processuais no ano passado, liberando sua candidatura.
No entanto, enquanto muitos brasileiros se lembram do crescimento econômico e progresso social como presidente de 2003 a 2010, outros se lembram de sua sucessora escolhida, Dilma Rousseff, que conduziu o país à pior recessão do século.
Do outro lado há Bolsonaro, candidato à reeleição que vai ao encontro dos valores tradicionais, adotando uma linha dura contra o crime, promessas de privatizações, além de uma reforma radical de impostos e gastos. De acordo com ele, seu governo conseguiu reduzir a burocracia, incluindo a flexibilização das restrições à posse e porte de armas, o que, em sua opinião, reduziu a violência no Brasil.
Atualmente, não há pesquisas de dois dígitos do centro político por um candidato da “Terceira Via”. Uma das figuras mais proeminentes para isso ocorrer vem da possível candidatura do ex-juiz Sérgio Moro.