O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,31% em dezembro deste ano, sucedendo a queda de 0,18% registrada em novembro. A alta da inflação foi puxada pelos alimentos, cujos preços tiveram avanço firme no último mês de 2022.
Aliás, com o acréscimo deste resultado, o IGP-DI acumulou uma alta de 5,03% em 2022, taxa bem menor que a registrada em 2021 (17,74%).
O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou os dados do IGP-10 nesta sexta-feira (6). Em síntese, o índice serve como termômetro de inflação no Brasil, medindo o movimento de preços no país há mais de seis décadas.
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Alimentos impulsionam inflação em dezembro
O IGP-DI é formado por três índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Em suma, eles respondem por 60%, 30% e 10% do indicador, respectivamente.
De acordo com a FGV, o IPA, que mede a variação dos preços no atacado, subiu 0,32% em dezembro, após três quedas consecutivas. A saber, os preços ao produtor avançaram devido à alta de importantes alimentos.
“No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: bovinos (de -1,65% para 2,57%), café (de -16,66% para 5,19%) e feijão (de 4,62% para 13,18%)”, disse o coordenador dos índices de preços do Ibre/FGV, André Braz.
Por sua vez, o IPC variou 0,32% em dezembro, após alta de 0,57% em novembro. A taxa desacelerou principalmente por causa da gasolina, cujo preço passou de 2,28% para -1,21%.
No entanto, os fortes avanços registrados pelos itens feijão carioca (de -1,57% para 6,93%) e óleo de soja (-0,69% para 1,49%) mantiveram o índice em campo positivo no mês.
Por fim, o INCC variou 0,09% em dezembro, ante 0,36% no mês anterior. Os componentes do indicador tiveram as seguintes variações: materiais e equipamentos (0,15% para -0,05%), serviços (0,10% para 0,45%) e mão de obra (0,59% para 0,15%).
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