A inflação no Brasil voltou a subir em outubro, após dois meses de queda. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,16% neste mês. A saber, o IPCA-15 é considerado a prévia da inflação oficial do Brasil.
Em resumo, o indicador subiu em outubro devido à alta registrada por diversos itens, que continuam acumulando fortes aumentos nos últimos 12 meses. E há dois itens que se destacam no top dez e exercem impactos mais intensos na prévia da inflação.
O primeiro deles é a passagem aérea, que vem marcando presença no top dez há meses. O item registrou alta de 28,17% nos preços em outubro, e agora acumula forte avanço de 40,58% nos últimos 12 meses.
Outro destaque do top dez é o óleo diesel, cujo preço acumula forte alta de 38,61% nos últimos 12 meses. Em suma, o item ficou 3,52% mais barato neste mês, puxado para baixo devido aos reajustes promovidos pela Petrobras e à redução da alíquota do ICMS, que também derrubou os preços da gasolina no mês.
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Veja os itens que ocuparam o top 10 no ranking nacional
Segundo os dados do IBGE, todos os dez itens que mais subiram em 12 meses tiveram altas superiores a 38%. Isso quer dizer que pelo menos uma dezena de itens teve alta mais de cinco vezes superior à inflação nacional, cuja taxa anual ficou em 6,85% em outubro.
A propósito, o top dez foi formado pelos seguintes itens:
- Cebola: 135,87%
- Limão: 75,28%
- Melão: 48,90%
- Banana-d’água: 44,54%
- Mamão: 42,63%
- Maçã: 42,51%
- Maracujá: 42,05%
- Tangerina: 41,75%
- Passagem aérea: 40,58%
- Óleo diesel: 38,61%
Em outubro, o preço da cebola subiu 5,86%, impulsionando a taxa acumulada nos últimos 12 meses. A saber, o item ficou duas vezes mais caro que no mesmo período de 2021. Contudo, o maior avanço mensal ficou com o limão, cujo preço disparou 40,20%. Em setembro, o item também liderou as altas mensais, disparando 43,47%.
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