O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) apresentou alta de 0,40% em fevereiro deste ano. Com isso, o indicador ficou 0,25 ponto percentual (p.p.) maior que o registrado no mês anterior, quando atingiu 0,15%. Nos últimos 12 meses, a inflação medida pelo IPC-C1 teve uma forte variação de 6,27%. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta sexta-feira (5).
O IPC-C1 mede a variação do preço de produtos para famílias brasileiras que possuam renda de até 2,5 salários mínimos. Em resumo, a inflação não é a mesma para todas as famílias, pois cada uma delas possui um perfil de consumo. Por exemplo, famílias de renda mais baixa direcionam grande parte dos gastos para alimentação. Contudo, as que possuem rendas maiores, utilizam seus orçamentos com educação, saúde e lazer.
Além do IPC-C1, a FGV também faz um levantamento que mede a variação das cestas de compras de todas as faixas de renda, o Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR). Em fevereiro, o índice subiu 0,54%, alta percentual superior a registrada pelo IPC-C1. Contudo, a inflação medida por este indicador está em 5,42% nos últimos 12 meses. Assim, o índice médio de inflação entre as famílias de renda mais baixa superou a média nacional.
Gasolina e eletricidade residencial puxam inflação
De acordo com o levantamento, seis das oito classes de despesas caíram em fevereiro, na comparação com o mês anterior. A maior queda veio do grupo alimentação, que despencou de 1,19% para -0,04%. Aliás, vale destacar o forte recuo do item hortaliças e legumes, que teve afundou de 7,16% para -2,05%.
Além desse grupo, os seguintes também caíram em fevereiro: educação, leitura e recreação (0,68% para 0,05%), vestuário (0,52% para 0,09%), saúde e cuidados pessoais (0,22% para 0,09%), despesas diversas (0,38% para 0,26%) e comunicação (-0,07% para -0,12%). Nestas classes de despesa, os respectivos destaques foram: cursos formais (5,38% para 0,78%), roupas masculinas (0,71% para -0,35%), medicamentos em geral (0,04% para -0,18%), serviços bancários (0,32% para 0,17%) e mensalidade para internet (-0,23% para -0,87%).
Em contrapartida apenas dois grupos subiram no período: habitação (-1,37% para 0,17%) e transportes (0,64% para 2,18%). Nestas classes, vale citar os movimentos dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-6,78% para -0,78%) e gasolina (2,48% para 6,98%).
Por fim, a FGV informou que a próxima divulgação do IPC-C1 irá acontecer no dia 6 de abril.
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