O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,62% em dezembro de 2022, apresentando uma aceleração em relação a novembro (0,41%). Com isso, o indicador fechou o ano com uma taxa acumulada de 5,79%. A saber, o IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil.
Em resumo, o índice havia recuado em julho (-0,68%), agosto (-0,36%) e setembro (-0,29%), refletindo o impacto de uma lei complementar que limitou a cobrança do ICMS sobre diversos itens, incluindo combustíveis. Estes itens exercem grande impacto no IPCA e a lei puxou a inflação para baixo nestes meses.
Apesar destes resultados negativos, o IPCA encerrou o ano com uma variação firme, estourando novamente a meta inflacionária, assim como ocorreu em 2021. No entanto, vale destacar a forte desaceleração anual, já que a inflação em 2021 foi de 10,06%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento do IPCA, divulgou as informações nesta terça-feira (10).
Salário mínimo de R$ 6.647,63 em 2023; veja agora
Confira as variações dos grupos no mês
De acordo com o IBGE, a inflação subiu em todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Veja abaixo a variação dos nove grupos em dezembro:
- Saúde e cuidados pessoais: 1,60%
- Vestuário: 1,52%
- Alimentação e bebidas: 0,66%
- Artigos de residência: 0,64%
- Despesas pessoais: 0,62%
- Comunicação 0,50%
- Transportes: 0,21%
- Habitação: 0,20%
- Educação: 0,19%
De acordo com o IBGE, o que impulsionou a inflação no país em dezembro foram os itens de higiene pessoal (3,65%), em particular os perfumes (9,02%), que impactou o IPCA em 0,09 ponto percentual (p.p.).
“No grupo vestuário, as roupas femininas tiveram a maior variação (2,10%) e o maior impacto (0,03 p.p.) entre os itens pesquisados”, informou o IBGE.
Já no grupo alimentação e bebidas, o que impulsionou a inflação em dezembro foi a alimentação no domicílio (0,71%). Os destaques ficaram com tomate (14,17%), feijão-carioca (7,37%), cebola (4,56%) e arroz (3,77%). Por outro lado, o preço do leite longa vida caiu pelo quinto mês consecutivo (-3,83%).
Leia também: Gás de cozinha mais barato! Preço do botijão recua de novo no país