O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,41% em novembro deste ano, ante avanço de 0,59% no mês anterior. A saber, o IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil.
Em resumo, o indicador havia recuado em julho (-0,68%), agosto (-0,36%) e setembro (-0,29%). Esses resultados mostravam que a queda da inflação estava perdendo força, até que o indicador subiu em outubro e encerrou a sequência de taxas negativas do IPCA.
Com o acréscimo do resultado de novembro, o IPCA passou a acumular alta de 5,13% no ano e de 5,90% nos últimos 12 meses, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (9).
Auxílio Brasil: veja o calendário de pagamento em dezembro
Confira as variações dos grupos no mês
De acordo com o IBGE, a inflação subiu em sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Veja abaixo a variação dos nove grupos em setembro:
- Vestuário: 1,10%
- Transportes: 0,83%
- Alimentação e bebidas: 0,53%
- Habitação: 0,51%
- Despesas pessoais: 0,21%
- Educação: 0,02%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,02%
- Comunicação -0,14%
- Artigos de residência: -0,68%
De acordo com o IBGE, o que impulsionou a inflação no país em novembro foram os combustíveis. Em síntese, os preços dos combustíveis subiram 3,29%, após recuarem 1,27% em outubro.
Esse avanço firme foi impulsionado pelas altas do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%). Aliás, a gasolina exerceu o maior impacto individual no IPCA em novembro, de 0,14 ponto percentual. A única exceção foi o gás veicular, cujo preço caiu 1,77% no mês passado.
“A alta da gasolina está ligada ao aumento do preço do etanol. Isso ocorreu por conta de um período de entressafra da produção de cana de açúcar. A gasolina leva álcool anidro em sua composição”, explicou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
Leia também: Produção de veículos no país cresce 4,7% em novembro