A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou nesta quarta-feira (4) os dados da inflação acumulada nos últimos 12 meses, encerrados em junho. A saber, a taxa inflacionária dos países da OCDE subiu de 3,9% em maio para 4,1% no sexto mês do ano.
De acordo com a OCDE, a zona do euro registrou uma taxa “significativamente mais baixa” que a observada nos demais países da organização. Aliás, o documento ressalta que a inflação nos Estados Unidos passou de 5% para 5,4% entre maio e junho, enquanto a inflação na zona do euro desacelerou de 2% para 1,9%.
Vale destacar que o Banco Central Europeu (BCE) espera a inflação da zona do euro volte a subir no segundo semestre. Segundo o banco, alguns fatores, como a elevação do preço do petróleo e de impostos na Alemanha, tendem a impulsionar a inflação nos próximos meses.
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Em resumo, a OCDE explica que a elevação da inflação nos últimos meses é resultado dos altos preços de diversas commodities. Como a pandemia da Covid-19 impactou diversas atividades econômicas no ano passado, os preços destes produtos despencaram, enfraquecidos pelas restrições impostas por diversos países. Agora, para recuperar as perdas de 2020, muitas commodities estão praticando preços muito mais caros que a média.
O documento da OCDE também revelou a inflação anual dos países com a exclusão de alimentos e energia. Este recorte apresentou elevação de 2,9% em maio para 3,2% em junho. Em suma, esta é a maior taxa desde março de 2002.
Por sua vez, os países do G-20, grupo dos países mais desenvolvidos do planeta, registraram uma inflação de 4,6% no acumulado de 12 meses encerrados em junho. A saber, a taxa estava em 4,4% no mês anterior. Para o Brasil, a OCDE elevou a taxa inflacionária de 8,1% em maio para 8,3% em junho. Em contrapartida, a taxa da China recuou de 1,3% para 1,1% entre os meses.
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