A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta terça-feira (5) os dados da inflação acumulada nos últimos 12 meses, encerrados em agosto. A saber, a taxa inflacionária dos países da OCDE subiu de 4,2% em julho para 4,3% no sétimo mês do ano.
De acordo com a OCDE, três países impulsionaram a inflação no período: Reino Unido, França e Brasil. Em resumo, a taxa disparou 0,9 ponto percentual no Reino Unido, maior variação entre os países pesquisados. Já a França e o Brasil registraram avanços de 0,7 ponto percentual, cada.
Embora o Reino Unido tenha apresentado a maior variação mensal, a taxa acumulada nos últimos 12 meses está bem mais expressiva no Brasil, cuja taxa saltou de 8,99% para 9,68%. Já no Reino Unido, a inflação disparou de 2,1% para 3%, enquanto avançou de 1,2% para 1,9% na França.
Apesar destes valores expressivos, a Argentina lidera com folga o ranking de maiores inflações entre os países da OCDE. Em suma, a taxa no país caiu 0,4 ponto percentual, mas continua muito alta, em 51,4%. Para se ter uma ideia, o país com a segunda maior inflação é a Turquia (19,3%), cuja taxa é mais de duas vezes menor que a da Argentina. Já o Brasil ocupa o terceiro lugar.
Confira mais detalhes do relatório da OCDE
Em resumo, a OCDE explica que a elevação da inflação nos últimos meses é resultado dos altos preços de diversas commodities. No entanto, o destaque dos últimos tempos é a energia, cujos preços acumulam uma disparada anual de 18% na área da OCDE. Esta é a maior elevação desde 2008.
Ao mesmo tempo, a inflação dos preços dos alimentos também encerrou agosto com uma aceleração firme, ao passar de 3,1% para 3,6%.
Por fim, o G-20, grupo dos 20 países mais desenvolvidos do planeta, registraram uma inflação de 4,5% no acumulado de 12 meses encerrados em agosto. A saber, a taxa estava em 4,6% no mês anterior.
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