O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,59% em novembro deste ano, após recuar 1,04% no mês anterior. A inflação ficou menos negativa devido aos combustíveis, que tiveram uma queda menos intensa que em outubro.
Embora tenha recuado no mês, o IGP-10 ainda acumula uma alta firme em 2022. De acordo com o levantamento, o indicador tem alta de 5,70% neste ano e de 5,55% em 12 meses.
O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o IGP-10 nesta quinta-feira (17). O índice é responsável por reajustes de contratos de aluguel e planos e seguros de saúde e tarifas públicas, além de medir os preços no atacado.
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Combustíveis ajudam a reduzir queda da inflação
O IGP-10 é formado por três índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Em suma, eles respondem por 60%, 30% e 10% do indicador, respectivamente.
Segundo a FGV, o IPA, que mede a variação dos preços no atacado, caiu 0,98% em novembro, ante -1,44% em outubro. “O índice ao produtor apresentou queda menos intensa, dada a atual estabilidade dos preços dos combustíveis”, explicou o coordenador dos índices de preços do Ibre/FGV, André Braz.
Por sua vez, o IPC subiu de 0,17% em outubro para 0,67% em novembro. “No âmbito do consumidor, a inflação acelerou refletindo a alta dos preços dos alimentos”, afirmou Braz.
Em síntese, a taxa de quatro das oito classes de despesa componentes do IPC aceleraram em novembro. Elas foram: transportes (-2,17% para 0,47%), alimentação (0,11% para 0,79%), saúde e cuidados pessoais (0,69% para 0,98%) e vestuário (0,37% para 0,93%).
A saber, as principais contribuições vieram, respectivamente, dos seguintes itens: gasolina (-7,09% para 0,56%), hortaliças e legumes (4,05% para 9,73%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,88% para 2,01%) e roupas (0,26% para 0,98%).
Por fim, o INCC variou apenas 0,19% em novembro. Os três grupos componentes do indicador tiveram as seguintes variações: materiais e equipamentos (-0,32% para -0,10%), serviços (0,27% para 0,43%) e mão de obra (0,25% para 0,40%).
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