Em 1994, o Brasil dava início ao Plano Real, medida que implementou a atual moeda no país. Contudo, o valor de R$ 1 na data do lançamento do programa equivale, a valores de hoje, apenas R$ 0,12. A desvalorização do dinheiro é resultado da inflação, que representa o aumento gradual e contínuo dos preços. Por conta da forte desvalorização da moeda, especialistas sugerem meios para proteger seu dinheiro.
Por isso, hoje vamos entender os impactos da desvalorização da moeda brasileira e como você pode proteger o seu dinheiro da inflação no longo prazo.
Plano Real queria acabar com a inflação
Em 1994, o Governo Federal implementou o Plano Real, que dava via à atual moeda do país, o Real. O intuito do governo era acabar com a inflação, que somava, na época, percentuais acima de 2.000% ao ano. Hoje, os dados apontam para uma expectativa na casa dos 5%, valor bem menor que o do início dos anos de 1990. Contudo, isso não quer dizer que o aumento dos preços não seja um problema.
Isso porque desde 1994 a inflação brasileira já soma 677,50%. Isso quer dizer que, para ter o mesmo poder de compra de R$ 1 em 1994, hoje seriam necessários cerca de R$ 7,77. Isso quer dizer que o que o cidadão comprava com R$ 100 no lançamento do Real hoje custa, em média, R$ 777,50.
Com isso, mesmo com a inflação controlada, o processo de aumento de preços ainda impacta fortemente a vida do cidadão. E esse custo adicional é alvo de diversas políticas públicas que pretendem valorizar a renda dos trabalhadores. Uma das medidas já anunciadas pelo governo é o aumento do salário mínimo acima da inflação. Contudo, nem todo trabalhador tem reajuste acima do aumento de preços, conforme empresas e sindicatos negociam reajustes menores.
Por isso, na hora de fazer o seu planejamento financeiro, é preciso levar a inflação em conta.
Como proteger seu dinheiro?
Para se proteger da inflação, os brasileiros podem recorrer a diversos produtos financeiros. Isso porque o mercado brasileiro tem diversas maneiras de aumentar o poder de compra dos brasileiros ao longo dos anos. Além disso, apesar de a poupança ter rendido acima da inflação desde 1994, é preciso entender que existem opções igualmente seguras e que rendem mais que a caderneta tradicional.
A primeira forma de se proteger da inflação é investindo em contas digitais e também no Tesouro Selic. Historicamente, esses produtos possuem retornos bem acima da inflação. Outra forma de se proteger é comprando o Tesouro IPCA+, que paga, além do aumento da inflação, uma taxa adicional. Todos esses títulos são extremamente seguros e possuem a cobertura do Governo Federal.
Além disso, outra forma é utilizar títulos de crédito privado, que são emitidos por empresas privadas. São os CDBs, as LCIs e as LCAs, que também podem ser indexados à inflação.
Diante dos dados de inflação dos últimos 29 anos, especialistas afirmam que a inflação deve sempre ser levada em conta em um planejamento financeiro.