O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 1,00% em fevereiro deste ano, superando a taxa registrada em janeiro (0,67%). A saber, esta é a maior variação para o mês de fevereiro desde 2015, quando o índice ficou em 1,16%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa passou de 10,60% para 10,80%. Além disso, a variação em fevereiro deste ano superou a taxa registrada no mesmo mês de 2021 (0,82%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (11).
Em resumo, o IBGE calcula o indicador desde 1979. O índice se refere às famílias que possuem rendimento mensal de um a cinco salários mínimos. Nesse caso, o chefe da família é assalariado. Além disso, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS.
O INPC abrange dez regiões metropolitanas do país: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Além destas, a coleta também acontece nos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
Inflação sobe em todos os locais pesquisados em fevereiro
De acordo com o IBGE, todas as áreas pesquisadas variaram positivamente em fevereiro, com 14 dos 16 locais pesquisados apresentando taxas mais elevadas do que em janeiro. Aliás, São Luís teve a maior inflação no mês passado, visto que sua taxa disparou de 0,48% para 1,35%.
Em seguida, ficaram: Aracaju (0,96% para 1,28%), Rio de Janeiro (0,57% para 1,28%), Curitiba (0,47% para 1,12%), Campo Grande (0,72% para 1,12%), Belo Horizonte (0,93% para 1,10%), Recife (0,48% para 1,07%) e São Paulo (0,88% para 1,05%). Estas taxas também superaram a média nacional no mês.
A saber, a inflação em Belém ficou estável em 0,87%, enquanto desacelerou levemente em Salvador (0,91% para 0,87%). Já a menor taxa do país foi a de Porto Alegre, onde a inflação passou de -0,52% para 0,40%.
No acumulado dos últimos 12 meses, sete dos 16 locais pesquisados tiveram uma variação superior à média nacional. A maior taxa veio de Curitiba (13,19%), enquanto a menor foi a de Belém (8,14%).
Por fim, o levantamento revelou que os produtos alimentícios aceleraram em fevereiro, passando de 1,08% para 1,25%. Da mesma forma, os produtos não alimentícios também tiveram acréscimo na comparação mensal, de 0,54% para 0,92%.