O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,63% em dezembro de 2022, após avançar 0,38% no mês anterior. Com o acréscimo desse avanço, o indicador fechou o ano passado com uma variação acumula de 5,93%. Isso quer dizer que a inflação subiu quase 6% em 2022 no Brasil.
Aliás, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS. Em outras palavras, quanto maior a variação, mais expressivos tendem a ser os reajustes salariais e os benefícios para acompanhar a inflação no país.
Vale destacar que o contrário também é verdade, visto que o governo se baseia na variação do índice para promover reajustes no país.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados na terça-feira (10). Em resumo, o INPC se refere às famílias que possuem rendimento mensal de um a cinco salários mínimos. Nesse caso, o chefe da família é assalariado.
A taxa do INPC registrada no ano passado foi bem menor que a de 2021, quando o indicador acumulou forte alta de 10,16%. Em suma, a desaceleração aconteceu, principalmente, por causa de uma lei complementar que limitou a cobrança do ICMS sobre diversos itens, incluindo combustíveis e energia elétrica.
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São Paulo tem a maior inflação de 2022
De acordo com o IBGE, a inflação subiu em todos os 16 locais pesquisados em 2022. Veja abaixo as taxas acumuladas em cada um deles no ano passado:
- São Paulo: 7,22%
- Salvador: 7,02%
- São Luís: 6,72%
- Aracaju: 6,53%
- Rio Janeiro: 6,45%
- Recife: 6,41%
- Fortaleza: 6,05%
- Brasília: 5,67%
- Goiânia: 5,61%
- Belém: 5,54%
- Rio Branco: 5,22%
- Campo Grande: 5,13%
- Belo Horizonte: 4,73%
- Curitiba: 4,50%
- Vitória: 4,47%
- Porto Alegre: 3,05%
A saber, a taxa ficou mais elevada em São Paulo devido às altas do emplacamento e licença (23,66%) e do aluguel residencial (10,48%), segundo o IBGE.
Já em Porto Alegre, que teve a menor taxa entre os locais pesquisados, o que contribuiu foi o forte recuo nos preços da gasolina (-30,90%) e da energia elétrica residencial (-32,79%).
Por fim, o IBGE destacou a diferença das taxas entre 2021 e 2022. Em resumo, os alimentícios tiveram alta de 11,91% no ano passado, superando a inflação acumulada em 2021 (7,71%). Por outro lado, os não alimentícios variaram 4,08% em 2022, ante 10,93% no ano anterior.
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