O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou 2021 com uma variação acumulada de 10,16%. A saber, esse valor superou em muito a taxa registrada em 2020 (5,45%). Aliás, a variação acumulada no ano passado é a mais alta desde 2016, quando o INPC variou 11,28%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (11).
Em resumo, o IBGE calcula o indicador desde 1979. O índice se refere às famílias que possuem rendimento mensal de um a cinco salários mínimos. Nesse caso, o chefe da família é assalariado. Além disso, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS.
O INPC abrange dez regiões metropolitanas do país: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Além destas, a coleta também acontece nos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
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Grupo transportes exerce maior impacto no INPC
De acordo com o IBGE, o grupo transportes exerceu o maior impacto no INPC em 2021. Em suma, o grupo influenciou o índice em 3,70 pontos percentuais no ano passado, o que corresponde a 36,4% de toda a variação anual.
Outros dois grupos também exerceram fortes impactos no INPC em 2021: habitação (2,43 p.p.) e alimentação e bebidas (1,86 p.p.). Estes três grupos juntos responderam por 78,6% de toda a variação do INPC em 2021.
Os outros grupos exerceram os seguintes impactos: artigos de residência (0,58 p.p.), vestuário (0,50 p.p.), saúde e cuidados pessoais (0,44 p.p.), despesas pessoais (0,43 p.p.), educação (0,14 p.p.) e comunicação (0,08 p.p.).
Entre os locais pesquisados, a maior inflação pelo INPC veio de Curitiba (12,84%). Segundo o IBGE, as “altas na gasolina (51,78%) e na energia elétrica (24,05%)” impulsionaram a taxa na capital paranaense.
Em seguida, superando a média nacional, ficaram: Vitória (11,44%), Porto Alegre (11,38%), Salvador (11,09%), Rio Branco (11,06%), Campo Grande (10,85%), Fortaleza (10,80%), São Paulo (10,19%) e Recife (10,18%).
Já a menor taxa veio de Belém (7,75%). O IBGE destacou que o “resultado foi influenciado pelo recuo nos preços do arroz (-29,62%) e do açaí (-9,77%)”.
Na sequência, vieram: Rio de Janeiro (8,78%), São Luís (9,38%), Goiânia (9,48%), Belo Horizonte (9,55%), Aracaju (9,69%) e Brasília (9,83%).
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