O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,62% em junho deste ano, superando a inflação registrada em maio (0,45%). Com isso, o INPC passou a acumular uma alta de 11,92% nos últimos 12 meses, superando levemente a taxa registrada nos 12 meses imediatamente anteriores (11,90%).
A saber, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS. Isso quer dizer que, quanto maior a variação, mais expressivos tendem a ser os reajustes salariais e os benefícios para acompanhar a inflação no país.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta sexta-feira (8). Em resumo, o INPC se refere às famílias que possuem rendimento mensal de um a cinco salários mínimos. Nesse caso, o chefe da família é assalariado.
A taxa anual do INPC registrada em junho continua muito elevada. A propósito, as últimas projeções do governo indicam que o INPC deverá encerrar o ano a 8,1%. No entanto, a taxa precisará desacelerar significativamente para alcançar essa marca.
A título de comparação, a variação do INPC em junho do ano passado foi bem semelhante a deste ano, de 0,60%.
Salvador tem maior inflação entre locais pesquisados
De acordo com o IBGE, a inflação acelerou em 11 dos 16 locais pesquisados em junho. As únicas exceções foram Salvador, Aracaju, Fortaleza, Belém e Rio de Janeiro.
Embora tenha desacelerado em relação a maio, Salvador assumiu a liderança nacional, após ter a segunda inflação mais elevada em maio. No mês passado, a capital baiana teve uma variação de 1,22%, superando em quase duas vezes a taxa nacional. Em suma, os principais motivos que elevaram a taxa em Salvador foram as altas de 8,86% nos ônibus urbanos e de 4,63% na gasolina.
Outros cinco locais também tiveram taxas superiores à média nacional em junho: Recife (1,02%), Belo Horizonte (0,76%), Aracaju (0,71%), Goiânia (0,67%) e São Paulo (0,64%).
Na ponta de baixo da lista, os locais com as menores taxas de inflação em junho foram: Rio de Janeiro (0,12%), Belém (0,25%) e Vitória (0,42%).
O levantamento ainda revelou que os produtos alimentícios aceleraram no mês (0,63% para 0,78%). Da mesma forma, os produtos não alimentícios também registraram acréscimo em relação a maio (0,39% para 0,57%).
Por fim, o INPC abrange dez regiões metropolitanas do país: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Além destas, a coleta também acontece nos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
Leia também: Preços das passagens aéreas disparam 122,40% em 12 meses