O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,25% em janeiro deste ano. O valor ficou 1,10 ponto percentual (p.p.) abaixo da variação apresentada no mês anterior (1,35%). Aliás, esta elevação mensal é a menor desde agosto do ano passado, quando o IPCA-15 subiu 0,24%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (9).
Em resumo, o IPCA é a prévia da inflação oficial do Brasil. Em 2020, o índice acumulou alta de 4,52%. Esta taxa superou em 0,21 p.p. a verificada em 2019 (4,31%). Agora, com a soma do resultado de janeiro, a taxa acumulada subiu para 4,56% nos últimos 12 meses.
Energia elétrica puxa inflação pra baixo
De acordo com o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram desaceleração em suas taxas. Assim, sete deles continuaram com percentuais positivos, enquanto os outros dois grupos apresentaram taxas negativas em janeiro. A saber, o grupo habitação puxou a inflação medida pela IPCA pra baixo, passando de 2,88% para -1,07%. E isso aconteceu, especialmente, devido à queda de 5,60% no item energia elétrica, que exerceu o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 p.p.). A propósito, o grupo habitação impactou o IPCA em 0,45% em dezembro, enquanto em janeiro exerceu o único impacto negativo entre os nove grupos pesquisados (-0,17%).
Por outro lado, o grupo de alimentação e bebidas foi o responsável pela maior influência positiva em janeiro (0,22 p.p.). O grupo desacelerou de 1,74% em dezembro para 1,02%. Em suma, os principais itens que puxaram a variação pra baixo foram: alimentos para consumo no domicílio (2,12% para 1,06%), frutas (6,73% para 2,67%) e carnes (3,58% para -0,08%). Além disso, leite longa vida (-1,35%) e óleo soja (-1,08%) também ajudaram a desacelerar o IPCA. Vale ressaltar que, apesar da queda no preço do óleo, o item acumulou alta de 103,79% em 2020.
Pesquisa foi realizada de dezembro a janeiro
Por fim, para a divulgação do índice do IPCA, houve a coleta dos dados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Recife, Salvador, Fortaleza, Aracaju, São Luís, Belém e Rio Branco. O período de coleta aconteceu entre 30 de dezembro do ano passado e 28 de janeiro de 2021. O indicador se refere às famílias que possuam rendimentos de um a 40 salários mínimos.
LEIA MAIS
Bolsonaro perde apoio entre os mais pobres, diz XP/Ipespe
Bolsonaro sinaliza possível prorrogação de auxílio emergencial na TV