A inflação nos Estados Unidos cresceu 0,5% em julho deste ano, quando comparada ao mês anterior. A taxa ficou 0,4 ponto percentual (p.p.) menor que a registrada em junho (0,9%). Embora o índice tenha desacelerado, a inflação geral do país continuou historicamente alta.
Com o acréscimo deste resultado, a inflação nos EUA passa a acumular avanço expressivo de 5,4% nos últimos 12 meses. A saber, a taxa manteve o mesmo nível do mês anterior e representa o maior crescimento anual desde agosto de 2008. E o que impulsionou o resultado em julho foi o crescimento da demanda por serviços relacionados a viagens.
O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados nesta quarta-feira (11). Aliás, o resultado reflete em parte as quedas registradas pela inflação nas leituras realizadas no ano passado, quando o mundo começou a enfrentar a pandemia da Covid-19. E os dados vieram em linha com as projeções dos economistas.
Ao mesmo tempo, o núcleo do índice, que exclui preços de alimentos e energia, também desacelerou em julho. Esse indicador possui bastante importância na tomada de decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Em suma, o núcleo avançou para 4,3% nos últimos 12 meses, após variar 4,5% no mês anterior.
Impacto da alta da inflação na política monetária dos EUA
Em resumo, a rápida recuperação da economia americana provocou alguns impactos. O principal deles é o forte descompasso entre a oferta e a demanda. Como a pandemia afetou fortemente o consumo de diversos setores no ano passado, muitos produtos e serviços elevaram expressivamente os seus preços.
Além disso, os baixos juros praticados pelo Fed no país fazem os americanos consumirem cada vez mais. Impulsionando esse resultado estão os quase US$ 6 trilhões para ajudar as famílias americanas a enfrentarem a pandemia.
Por fim, diversos setores também precisam superar obstáculos provocados pela crise sanitária. Em síntese, a escassez de semicondutores em todo o planeta prejudica, principalmente, a produção de automóveis. Isso faz os preços dos veículos dispararem, respondendo por uma parcela significativa do aumento da inflação no mês.
Leia Mais: Vendas do comércio varejista caem em 18 das 27 UFs em junho