A inflação nos Estados Unidos cresceu 0,3% em agosto deste ano na comparação com o mês anterior. A taxa ficou 0,2 ponto percentual (p.p.) menor que a registrada em julho (0,5%). Embora o índice tenha desacelerado, a inflação geral do país continua historicamente alta.
Com o acréscimo deste resultado, a inflação nos EUA passa a acumular avanço expressivo de 5,3% nos últimos 12 meses. A continua próxima dos 5,4% registrados em 12 meses encerrados em julho, maior crescimento anual desde agosto de 2008.
Em julho, o que impulsionou o resultado foi o crescimento da demanda por serviços relacionados a viagens. Com o avanço da vacinação, as pessoas voltaram a viajar mais. Já em agosto, o que impulsionou a inflação foi a alta dos preços da gasolina, de moradia e alimentos. Por falar nisso, o índice referente aos gastos com energia subiu 2%, principalmente por causa da alta de 2,8% da gasolina. Os alimentos tiveram avanço de 0,4%.
O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados nesta terça-feira (14). Ao excluir os preços de alimentos e energia, a inflação teve alta de 0,1%. Em suma, esse indicador possui bastante importância na tomada de decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.
Impacto da alta da inflação na política monetária dos EUA
Em resumo, a rápida recuperação da economia americana provocou alguns impactos. O principal deles é o forte descompasso entre a oferta e a demanda. Como a pandemia afetou fortemente o consumo de diversos setores no ano passado, muitos produtos e serviços elevaram expressivamente os seus preços neste ano.
Além disso, os baixos juros praticados pelo Fed no país fazem os americanos consumirem cada vez mais. Ao mesmo tempo, os trilhões de dólares disponibilizados pelo governo norte-americano para ajudar as famílias do país a enfrentar a pandemia ajudou a impulsionar a inflação nos últimos tempos.
Por fim, diversos setores também precisam superar obstáculos provocados pela crise sanitária. Em síntese, a escassez de semicondutores em todo o planeta prejudica muitos segmentos que os utilizam. A saber, o pico da inflação no país já deve ter passado, mas a expectativa é que a taxa ainda continue elevada nos próximos meses.
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