A inflação nos Estados Unidos variou 0,6% em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A taxa superou o avanço registrado em dezembro (0,5%), bem como as estimativas de analistas, que projetavam uma elevação de 0,4% no mês.
Com o acréscimo desse resultado, a inflação norte-americana subiu de 7% para 7,5% no acumulado dos últimos 12 meses. A saber, esse é o maior patamar para o índice desde 1982. Aliás, a taxa também veio acima do esperado pelo mercado (7,3%).
Os dados fazem parte do índice PCE do Departamento de Comércio e se referem justamente aos preços do consumo nos EUA. A forte variação no mês passado ocorreu, principalmente, por causa dos preços da energia, que subiram quase 30% em 2021.
Em janeiro, os principais fatores que impulsionaram a inflação nos Estados Unidos foram os alimentos (+0,9%), a eletricidade (+4,2%) e a moradia (+0,3%). O Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou os dados nesta quinta-feira (10).
Inflação fica ainda mais distante da meta
A inflação acumulada em 12 meses está 3,75 vezes mais elevada que a meta do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA. Em resumo, o BC norte-americano definiu a meta da inflação em 2%, mas os impactos provocados pela pandemia da Covid-19 continuam elevando fortemente os preços dos bens e serviços no país.
Na verdade, diversas nações do mundo seguem com taxas bastante elevadas, como o Brasil. Um dos principais fatores que contribui para esse cenário é a obstrução de cadeias de abastecimento devido à crise sanitária. Além disso, os EUA sofrem com pressões salariais, que ajudam a impulsionar ainda mais a inflação no país.
Vale destacar que o chamada núcleo do índice de preços ao consumidor acelerou de 5,5% em dezembro para 6,0% em janeiro. Em suma, esse é o maior patamar em 12 meses desde agosto de 1982. Da mesma forma, a taxa superou as projeções de analistas (5,9%).
Com estes dados, a expectativa do mercado em relação aos juros nos EUA ficou mais forte. Agora, os analistas acreditam que o Fed pode elevar mais vezes a taxa básica de juros no país em 2022. Resta esperar para ver.
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