A inflação nos Estados Unidos variou 0,4% em setembro deste ano na comparação com o mês anterior. A taxa ficou 0,1 ponto percentual (p.p.) maior que a registrada em agosto (0,3%). Aliás, a taxa também veio ligeiramente maior que as projeções de analistas (0,3%). Assim, a inflação geral do país continua historicamente alta.
Com o acréscimo deste resultado, a taxa inflacionária nos EUA passa a acumular avanço expressivo de 5,4% nos últimos 12 meses encerrados em setembro. Dessa forma, volta ao maior patamar acumulado em 12 meses desde agosto de 2008.
A saber, a inflação nos EUA vinha crescendo devido ao aumento da demanda por serviços relacionados a viagens. No entanto, mesmo com 57% da população totalmente imunizada, os números de casos e mortes provocados pela Covid-19 dispararam no mês passado.
Inclusive, em agosto, o que havia impulsionado mais fortemente a inflação foram os altos preços da gasolina, de moradia e alimentos. Em setembro, esse cenário se fortaleceu e impulsionou ainda mais a taxa no país. Ao mesmo tempo, o aumento dos preços do petróleo também ajudam a elevar a inflação no país.
O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados nesta quarta-feira (13). Ao excluir os preços de alimentos e energia, a inflação teve alta de 0,2%, ante variação de 0,1% em agosto. Em suma, esse indicador possui bastante importância na tomada de decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.
Impacto da alta da inflação na política monetária dos EUA
Em resumo, a rápida recuperação da economia americana provocou alguns impactos. O principal deles é o forte descompasso entre a oferta e a demanda. Como a pandemia afetou expressivamente o consumo de diversos setores no ano passado, muitos produtos e serviços elevaram os seus preços neste ano.
Além disso, os baixos juros praticados pelo Fed no país fazem os americanos consumirem cada vez mais. Ao mesmo tempo, os trilhões de dólares disponibilizados pelo governo norte-americano para ajudar as famílias do país a enfrentar a pandemia ajudou a impulsionar a inflação nos últimos tempos.
Por fim, diversos setores também precisam superar obstáculos provocados pela crise sanitária. Em síntese, a escassez de semicondutores em todo o planeta prejudica muitos segmentos que os utilizam. A saber, o pico da inflação no país já deve ter passado, mas a expectativa é que a taxa ainda continue elevada nos próximos meses.
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