A pandemia da Covid-19 afundou o planeta em uma recessão econômica sem precedentes em 2020. Com o avanço da vacinação, os países começaram a retomar suas atividades econômicas. No entanto, muitos deles sofreram com a disparada dos preços de bens e serviços, a famosa inflação.
O Chile não conseguiu se livrar desse problema e encerrou 2021 com a maior taxa dos últimos 14 anos. A saber, a inflação acumulada no ano passado no nosso vizinho sul-americano ficou em 7,2%. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os dados nesta sexta-feira (7).
A propósito, esse nível de crescimento superou em mais de duas vezes a meta definida pelo governo chileno, de 3%. E o que vem ajudando a impulsionar a inflação no país é um problema enfrentado em todo o planeta: a alta dos insumos.
Além disso, o Chile contou com uma maior liquidez no ano passado devido a benefícios disponibilizados pelo governo. Em suma, a população contou com benefícios sociais no ano passado e pôde fazer três retiradas antecipadas de fundos de aposentadoria. Tudo isso para reduzir os efeitos da pandemia da Covid-19 no país.
Veja mais detalhes da disparada da inflação no Chile
Vale destacar que o aumento de dinheiro em circulação tende a aquecer a economia, pois aumenta o poder de compra do consumidor. Com isso, a demanda fica aquecida e acaba impulsionando ainda mais os preços de bens e serviços no país.
Aliás, os saques dos fundos de pensão privados, aprovados pelo Congresso chileno, resultou na injeção de US$ 50 bilhões na economia do país. E isso fortalece a inflação, que alcançou níveis bastante expressivos.
A saber, o governo do Chile projeta um crescimento de 11,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. O resultado ficará completamente diferente da queda de 5,8% registrada em 2020.
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