O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,27% em setembro deste ano, após recuar 0,68% em julho e 0,36% em agosto. Essa é a menor inflação para um mês de setembro desde o início da série histórica, em 1998.
Embora tenha recuado pelo terceiro mês consecutivo, o IPCA acumula alta de 4,09% no ano e de 7,17% nos últimos 12 meses. Vale destacar o recuo da taxa acumulada em 12 meses, que estava em 8,73% em agosto. A saber, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (11).
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Confira as variações dos grupos no mês
De acordo com o IBGE, quatro grupos tiveram deflação em setembro. Por outro lado, a inflação subiu nos outros cinco grupos restantes. Em resumo, os preços seguiram trajetórias diferentes no mês passado, com alguns subindo e outros recuando.
Veja abaixo a variação dos nove grupos em setembro:
- Vestuário: 1,77%
- Despesas pessoais: 0,95%
- Habitação: 0,60%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,57%
- Educação: 0,12%
- Artigos de residência: -0,13%
- Alimentação e bebidas: -0,51%
- Transportes: -1,98%
- Comunicação -2,08%
O IBGE destacou que o grupo transportes exerceu novamente o maior impacto negativo na inflação do país em setembro. Em síntese, o grupo influenciou o IPCA em -0,41 ponto percentual (p.p.), resultado possível graças à gasolina, cujos preços caíram 8,33% no mês, impactando o indicador em 0,42 p.p.
“Os combustíveis e, principalmente, a gasolina têm um peso muito grande dentro do IPCA. Em julho, o efeito foi maior por conta da fixação da alíquota máxima de ICMS, mas, além disso, temos observado reduções no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras, o que tem contribuído para a continuidade da queda dos preços”, explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
A saber, a redução da alíquota do ICMS sobre combustíveis puxou a taxa do IPCA para baixo em setembro. Aliás, o IBGE ressaltou a queda nos preços de outros combustíveis, como etanol (-12,43%), óleo diesel (-4,57%) e gás veicular (-0,23%).
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