A zona do euro encerrou outubro com uma inflação bastante elevada. A saber, o acumulado da taxa nos últimos 12 meses saltou de 3,4% em setembro para 4,1% em outubro. Esse é o maior patamar para a taxa dos últimos 13 anos e corresponde ao dobro da meta do Banco Central Europeu (BCE) para a zona, de 2%.
Em resumo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu em 0,8% na comparação com setembro. O que impulsionou a inflação mais uma vez foi a energia, que disparou 23,7% no mês e contribuiu com 2,21 pontos percentuais (p.p.) para a taxa anual. Ou seja, mais da metade da inflação local é decorrente dos altos preços da energia.
Em seguida, ficaram os serviços (+0,86 p.p.), bens industriais não energéticos (+0,55 p.p.) e alimentos, álcool e tabaco (+0,43 p.p.).
O instituto de estatísticas da União Europeia, Eurostat, divulgou os dados na última quarta-feira (17).
A zona do euro é formada atualmente por 19 países do continente europeu: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda e Portugal. E o resultado da inflação na zona do euro consiste na média da inflação de todas estas economias no mês.
Inflação também dispara na União Europeia
De acordo com a Eurostat, a inflação anual da União Europeia (UE) ficou em alta de 4,4% em outubro. A saber, a taxa estava em 3,6% em setembro, o que revela que a inflação também subiu 0,8 p.p. no mês passado na UE. Em outubro de 2020, a taxa estava em 0,3%.
Entre os 27 países membros da UE, as menores taxas vieram de: Malta (1,4%), Portugal (1,8%), Finlândia (2,8%) e Grécia (2,8%). Por outro lado, as inflações mais elevadas foram registradas em Lituânia (8,2%), Estónia (6,8%) e Hungria (6,6%).
Vale destacar que o Banco Central Europeu (BCE) vem elevando as projeções para a inflação na zona do euro repetidas vezes. A ideia de que não haverá mudanças na política monetária adotada na zona do euro fica cada vez mais frágil. Inclusive, analistas já elevaram a inflação na zona para uma máxima entre 3,5% e 4,0% até o final do ano, mas o nível pode seguir acima dos 4% até dezembro.
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