A zona do euro encerrou julho com uma inflação mais elevada que o mês anterior. A saber, o acumulado da taxa nos últimos 12 meses passou de 1,9% em junho para 2,2% em julho. Assim, superou a meta oficial do Banco Central Europeu (BCE) para o mês, de 2%. Esse também é o maior patamar para a taxa desde outubro de 2018.
Em resumo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) acelerou em relação à meta oficial. No entanto, veio em linha com as projeções de economistas. A propósito, a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, revisou e confirmou os dados preliminares para a inflação da zona do euro em julho.
A zona do euro é formada atualmente por 19 países do continente europeu: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda e Portugal. E o resultado da inflação na zona do euro consiste na média da inflação de todas estas economias no mês.
Inflação cai na comparação mensal
De acordo com a Eurostat, a inflação acumulada na zona do euro em 12 meses cresceu. Em contrapartida a taxa recuou 0,1% no comparativo mensal. Essa queda também veio em linha com as estimativas de analistas.
O BCE projeta uma taxa inflacionária anual mais alta até o final de 2021. Contudo, o banco afirma que a política monetária adotada na zona do euro não exigirá mudanças. Aliás, o núcleo dos preços permaneceu fraco na região, subindo 0,9% no mês. A saber, esse núcleo exclui preços voláteis de alimentos e combustíveis.
Por fim, vale destacar que a inflação vem se mantendo abaixo da meta de 2003, quase 20 anos atrás, e não apresenta um aumento veloz há uma década. A questão é que não há previsão para apertos monetários na zona, pois, segundo o BCE, esse não é um tipo de inflação que requeira mudanças na política monetária praticada. Assim, os juros devem seguir muito baixos por anos, bem como os custos de empréstimos.
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