A Argentina continua sofrendo com uma inflação bastante elevada nos últimos tempos. Em novembro, o nosso vizinho sul-americano registrou um crescimento de 2,5% da taxa inflacionária. Com isso, os preços no varejo do país chegaram a 45,4% no acumulado entre janeiro e novembro deste ano. O instituto oficial de estatísticas Indec divulgou os dados na última terça-feira (14).
A saber, essa é uma das taxas mais elevadas do planeta. Na verdade, a Argentina vem tentando sair de uma recessão desde 2018. No entanto, a situação no país é bastante complicada, ainda mais devido à pandemia da Covid-19, que afundou a economia mundial no ano passado.
Vale destacar que o custo de vida da população argentina disparou 51,2% na medição interanual. Inclusive, a expectativa do Banco Central da Argentina é que o país encerre 2021 com uma projeção acumulada de 51,1%. Em resumo, esses dados se referem a relatórios elaborados pelos 42 maiores bancos do país.
No mês passado, os setores que registraram os maiores avanços foram os de restaurantes e hotéis (+5,0%) e vestuário e calçados (+4,1%). Ambas as variações superaram em muito a inflação geral em novembro.
Preços seguem congelados e governo tenta negociar dívida
Além disso, o ministro da Economia, Martín Guzmán confirmou que o congelamentos dos preços da cesta básica seguirá até 2022. A saber, a Argentina anunciou a medida em meados de outubro, e a decisão valeria por 90 dias. Aliás, o congelamento de preços abrange cerca de 1.400 produtos no país.
O governo do presidente Alberto Fernandéz também informou esta semana que vem tentando controlar a inflação do país. Em suma, o governo está negociando com o Fundo Monetário Internacional (FMI) o refinanciamento dos pagamentos de uma dívida de mais de US$ 44 bilhões. A propósito, a dívida foi contraída pelo governo anterior, de Mauricio Macri.
Por fim, o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina deverá crescer 10% neste ano, segundo estimativas do Ministério da Economias. Em 2020, o PIB do país caiu 9,9% devido à pandemia.
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